Nuno Manta Santos pediu um «grito de revolta» ao Desp. Aves, já despromovidos, na partida frente ao V. Setúbal, da 31.ª jornada da Liga.
«Colocámos objetivos internos, individuais e coletivos para termos um objetivo comum em todos os jogos. Amanhã [quarta-feira], temos de procurar a vitória do primeiro ao último minuto e vamos trabalhar para isso. Queremos dar uma alegria a nós próprios e já está na altura de fazermos um grito de revolta», frisou, em conferência de imprensa.
Os avenses não ganham há 11 jogos consecutivos e ainda não marcaram golos desde a paragem, motivada pela pandemia de Covid-19. Nuno Manta explicou esses registos com «quebra física e anímica» dos jogadores em «momentos-chave dos jogos».
«Tem de existir uma revolta interna, isto é, uma autoconfiança para eles conseguirem virar a página para o resto do jogo. Há momentos em que caímos em termos de motivação e isso paga-se caro na alta competição: desfocamo-nos, a concentração diminui e o adversário aproveita os erros que vamos cometendo», argumentou.
O treinador do emblema da Vila das Aves abordou ainda a chegada de Lito Vidigal aos sadinos para os últimos quatro encontros da Liga.
«Há sempre motivação quando há uma ‘chicotada’. O mister Lito é capaz de transformar a equipa do Setúbal em dois dias e vamos preparar-nos para várias situações que possa apresentar. Há pressão para o Setúbal, mas já disse anteriormente que, por vários contextos, há muito mais pressão neste momento para nós», apontou.
O Desp. Aves precisa de pontuar nos derradeiros quatro jogos para evitarem o estatuto de última classificado da Liga com menos pontos numa prova disputada a 34 rondas e com menor média de pontos.
A receção dos avenses ao V. Setúbal está agendado para esta quarta-feira, às 21h15.