O Desp. Aves joga este sábado diante do Nacional, na Madeira, três pontos importantes para as duas equipas. Augusto Inácio está alertado para isso, mas só pensa em vencer porque quer dar um passo importante na luta pela permanência.

«Quando cheguei cá, tínhamos acabado a primeira volta com 12 pontos e, a partir desse momento, todos os jogos para nós são muito importantes. As jornadas cada vez são menos, as recuperações começam a ser cada vez mais complicadas e difíceis e por isso temos a sensação de que, se ganharmos o jogo na Madeira, nada fica resolvido, mas damos um passo importante para aquilo que pretendemos», começou por dizer na antevisão, citado pela Lusa.

«O adversário também está a pensar no mesmo, sabe que é o jogo da vida deles, tem 26 pontos e pode igualar-nos nos 29. Em caso de derrota, ficam numa situação muito complicada e nós ficamos numa situação confortável, embora não decisiva. Fazendo 32 pontos, ficamos mais perto dos 36 de que ando a falar há muito tempo», referiu, sublinhando: «É um jogo importantíssimo para os dois. Queremos muito ganhar e acreditamos que podemos ganhar.»

É nos jogos fora que o Desp. Aves de Inácio tem pontuado mais e o técnico quer que continue assim, sustentando-se no novo modelo de jogo: «Quando cheguei, com vários titulares de saída e sem a entrada dos jogadores que deviam, tive de me adaptar às características de cada jogador para perceber que tipo de modelo ia aplicar para ter sucesso. O 3-4-3 [adotado com sucesso na vitória, por 2-0, em Tondela] permite-me que a defesa não seja tão vulnerável, ter mais presença na área e uma retaguarda mais fortalecida e, uma equipa como a nossa, se marcar um golo primeiro, só perde se formos mesmo burrinhos.»

Na mesma ocasião, e porque não vai contar com Derley devido ao cartão amarelo visto em Vila do Conde, na última jornada, o técnico criticou a decisão do árbitro e depois do Conselho de Disciplina: «O Derley não faz nenhuma simulação de grande penalidade, leva uma cotovelada na cara, para não dizer outra coisa, é obrigado a cair. Nós reclamámos, viram isto e, mesmo assim, continuam a manter o cartão amarelo ao Derley. Isto é surreal, uma injustiça e estou revoltado. Basta ver as imagens, num caso em que até era grande penalidade a nosso favor. Fico privado de um jogador que tem sido importantíssimo para nós. Custa a engolir.»