A FIGURA: Camacho

Chamado a jogo para substituir Luciano Vietto, lesionado, Rafael Camacho foi um dos jogadores leoninos em maior destaque. Silas colocou-o na direta – talvez para aproveitar as maiores fragilidades de Ferro e Grimaldo – e o jovem extremo aproveitou para se mostrar. De resto, foram deles as melhores oportunidades do leão na primeira parte: primeiro atirou ao poste depois de um passe a rasgar de Bruno Fernandes e depois cabeceou ao segundo poste para uma bela defesa de Vlachodimos. No 1x1 é muito rápido e causou sempre muitas dificuldades aos adversários.

MOMENTO: vantagem leonina esbarra no poste (minuto 14)

O Benfica já havia ameaçado o golo um par de vezes, mas foi o Sporting a criar um primeiro verdadeiro bruá em Alvalade. Lançado por Bruno Fernandes – quem mais? – Camacho ganhou as costas ao desinspirado Ferro e atirou ao poste perante Vlachodimos. Uma bola que se tivesse entrado podia ter alterado por completo a narrativa do eterno dérbi de Lisboa.

OUTROS DESTAQUES

Bruno Fernandes

O líder deste Sporting, ponto. A transferência para o Manchester United pode estar por horas, mas Bruno Fernandes continua com a cabeça em Alvalade. A defender teve a raça do costume e ofensivamente tentou sempre dinamizar o ataque leonino. Não teve muitas oportunidades para alvejar a baliza de Vlachodimos, mas não deixou de estar tão em jogo como o normal. Tecnicamente nota-se que é bem acima dos demais e foi dele, por exemplo, o passe sublime que isolou Camacho na primeira parte.

Sporting-Benfica, 0-2 (destaques das águias)

Mathieu

Mais uma exibição para os livros do defesa-central do Sporting. Ilori também esteve bem, sim, mas Mathieu voltou a ser o líder da defensiva leonina. Com bola teve a qualidade habitual – uma ou duas vezes tentou as suas incursões habituais pelo ataque – e a defender foi quase sempre irrepreensível.

Doumbia

Muito castigado pela pressão do meio-campo do Benfica, em especial de Gabriel. Não várias vezes perdeu a bola em zonas perigosas, permitindo ataques perigosos ao adversário. De resto, e tal como Wendel, teve dificuldades, principalmente numa fase inicial, para acertar com as marcações, dadas as trocas constantes entre Chiquinho e Pizzi. Depois de ter ficado de fora do jogo com o Vitória de Setúbal, não teve dos regressos mais felizes à equipa.