A FIGURA: Gaitán

Os génios não precisam de estar sempre ligados ao jogo para deixarem a sua marca. Gaitán voltou a demonstrá-lo em Arouca, onde nem um terreno pesado o impediu de fazer o gosto ao pé. Porque a história do futebol deve ser escrita pela pena dos seus melhores artistas, agora e sempre.

O MOMENTO: canhota de Gaitán deu motivação e tranquilidade (33m)

Numa fase em que o Paços de Ferreira ainda tentava consolidar o plano para travar um Arouca com ares de atrevido, o golo de Gaitán foi um extra de motivação e confiança para os castores, que partiram para uma exibição segura. No aproveitar esteve o ganho para os pacenses, num jogo que teve poucas oportunidades dignas desse nome.

OUTROS DESTAQUES

Uilton

Hoje numa posição mais adiantada no terreno, ajudou Antunes na difícil tarefa de travar a dupla Thales-Bukia e também criou perigo no ataque pacense. Foi dele a primeira real oportunidade de golo, aos 7 minutos, antes de assistir Gaitán para o 1-0.

Nuno Santos

Ter Luiz Carlos como parceiro de setor é um autêntico seguro de vida e permite-lhe aventuras ofensivas excitantes, que a sua qualidade é capaz de apimentar. Médio de passada larga, com boa técnica, não se coíbe de chegar perto do trio ofensivo, e tem no remate de longa distância uma arma perigosa. Que o diga Victor Braga, que teve de aplicar para travar um tiro com selo de golo de Nuno Santos, em cima do intervalo.

André Silva

Com André Silva, o entretenimento é garantido no ataque do Arouca. Referência no eixo ofensivo, é habitual vê-lo deambular pelos dois flancos, à procura de espaços para poder embalar para a baliza adversária. Faltou-lhe decidir melhor as ocasiões que criou, mas teve o mérito de tentar remar contra a maré até final.

David Simão

O pé esquerdo encanta, mas o médio não se limita a passear classe em campo. Foi incansável nas duras batalhas que travou a meio-campo e ainda teve discernimento para lançar ataques prometedores. Merecia melhor acompanhamento... e ter ficado mais tempo em campo.