O Marítimo aplaudiu a decisão do Governo de promover o desconfinamento em diversos setores de atividade, dando como exemplo, o espetáculo «Deixem o pimba em paz», liderado por Bruno Nogueira, que, na segunda-feira, juntou mais de duas mil pessoas no Campo Pequeno, entre as quais o primeiro-ministro António Costa. O clube madeirense congratula-se com a abertura, mas exige o mesmo tratamento para o futebol.

O clube recorda, aliás, que já tinha escrito uma carta, dirigida à Direção Geral de Saúde (DGS), com conhecimento do secretário de Estado do Desporto, João Paulo Rebelo, a dar conta disso mesmo. «Propomos que os adeptos possam terminar a época nos estádios, cumprindo, necessariamente, um conjunto de medidas pensados e preparados tendo em conta as especificidades de cada sociedade desportiva e da massa adepta que movimenta», escreveu o clube no dia 26 de maio.

O Marítimo defende que o futebol não pode ser descriminado face a outras atividades. «O futebol, enquanto espetáculo concebido especialmente para as massas, não pode, nem deve ser tratado de forma diferente dos cinemas, teatros, casinos e até cerimónias religiosas», escreveu ainda o clube na carta dirigida a DGS.

Na mesma carta, o clube propunha que o Estádio dos Barreiros recebesse até um terço da sua lotação, com marcação prévia de lugares, num sistema rotativo entre os sócios.

O clube voltou agora a insistir na abertura parcial das bancadas, dirigindo-se diretamente a António Costa, na expetativa que o futebol tenha «o mesmo tratamento» que outros setores de atividade, como a cultura, transportes, ensino e comércio, nesta nova etapa do desconfinamento.