Momento: a raiva de Seferovic

Minuto 42. Seferovic já tinha desperdiçado três oportunidades claras, todas de cabeça, quando Diogo Gonçalves arrancou mais um cruzamento da direita, desta vez rasteiro, e o suíço conseguiu, finalmente, colocar a bola nas redes de Léo Jardim. O avançado rematou por mais três vezes contra as redes, despejando toda a raiva acumulada nas ocasiões anteriores. O suíço ficou bem mais feliz depois de marcar o segundo golo, neste caso de cabeça.

Figura: Diogo Gonçalves a abrir caminho

Grande exibição do lateral direito coroada com duas assistências para Seferovic. Na primeira, talvez a mais espetacular, arrancou em velocidade pelo flanco, deixando Ricardo Mangas nas covas, antes de servir o suíço de bandeja. No segundo, já na segunda parte, voltou a cruzar com peso e medida, desta vez com a bola mais alta, para o suíço voltar a marcar de cabeça. Dois lances entre muitos outros, em que o lateral adaptado, sem grande trabalho defensivo, teve ordem para atacar, com constantes combinações com Rafa e Waldschmidt.

Outros destaques:

Lucas Veríssimo

Ganhou definitivamente o lugar a Vertonghen. Este sábado não teve praticamente que se aplicar na defesa, mas apareceu muitas vezes na área do Boavista a procurar a finalização, em lances de bola parada, mas não só. Esteve perto de marcar na primeira parte e voltou a estar perto do golo no segundo tempo, com uma cabeçada que foi ao poste. Está cada vez mais confiante e isso nota-se em campo.

Pedrinho

Está em boa forma e foi recompensado com a titularidade, caindo sobre a esquerda para combinar com Grimaldo, para depois fugir para o centro, para um apoio mais direto a Seferovic.

Angel Gomes

Tinha a missão de dar apoio direto a Elis no ataque do Boavista, mas depois da expulsão de Chidozie e do reequilíbrio da equipa, passou a ter também de ajudar a estancar o flanco esquerdo por onde o Benfica estava a fazer muitos estragos nas costas de Ricardo Mangas. Assim, o jogador inglês passou a desempenhar duas funções, a defender o lado esquerdo quando a equipa defendia, depois fletia para o centro, nas raras vezes que a equipa atacava.