Após uma carreira em grandes clubes, Javier Saviola decidiu aventurar-se como treinador, começando nas seleções jovens de Andorra. O ex-internacional argentino recordou o percurso como futebolista profissional, admitindo que a passagem pelo Benfica «foi uma etapa fantástica».

«Creio que o melhor momento da minha carreira foi no River Plate. Estreei-me com 16 anos e aos 17 foi o melhor marcador do campeonato, uma loucura. Fui para o Barcelona com 120 jogos disputados. No Barcelona vivia a época mais longa. Recordo como um momento espetacular pela expetativa que se criou, pela quantidade de golos que marquei no primeiro ano e pela ligação especial com os adeptos. O Benfica também foi uma etapa fantástica na minha carreira, ganhámos a Liga depois de tantos anos de domínio do FC Porto. Joguei com Aimar, Di María, Cardozo, David Luiz... tínhamos uma grande equipa! Desfrutei muito nesses três anos. Vivi outros grandes momentos como por exemplo conquistar o Mundial de sub-20 em 2001 ou a Taça UEFA com o Sevilha», referiu, em entrevista à revista «Panenka».

O ex-futebolista revelou ainda como surgiu a alcunha «El Conejo» [coelho]. «Ainda agora me tratam isso. Foi o 'Mono' Burgos [adjunto de Simeone] que me deu a alcunha. E desde então que muita gente me continua a chamar assim. Os meus filhos perguntam-me sempre isso! Estão a começar a descobrir um pouco mais sobre mim e ainda não entendem por que razão tinha a alcunha de um animal. O miúdo não gosta muito de futebol, prefere a pintura. A rapariga é o contrário, adora futebol! Espero que aconteça o mesmo ao rapaz!», disse, entre risos.