O Maisfutebol apresenta, uma a uma, as 18 equipas da Liga 2019/20, que arranca nesta sexta-feira, 9 de agosto

Calendário do FC Porto

O FC Porto perdeu muitas das referências em campo, mas mantém Sérgio Conceição, as ideias e os princípios daquele que é nesta altura o treinador mais antigo da Liga. O único, aliás, a começar a terceira época no mesmo clube. Portanto, há muitas caras novas, mas também uma linha de continuidade. É a mesma filosofia que há duas épocas fez do dragão campeão ao fim de cinco anos, e que na temporada passada garantiu a liderança durante boa parte do campeonato, até à quebra que abriu caminho à recuperação do Benfica. É com as suas ideias que Sérgio Conceição quer reconquistar o título perdido.

Já se antecipava há muito a razia de saídas de jogadores nucleares no Dragão, das transferências de Éder Militão e Felipe, um para o Real Madrid outro para o Atlético ao terminar de contrato de Herrera e Brahimi, ambos sem acordo para a renovação. Depois houve o problema de saúde de Casillas, que se afastou dos relvados, ainda sem assumir formalmente um final de carreira. E ainda a despedida de Maxi Pereira, também ele em fim de contrato. E em cima disso, já a meio da pré-temporada, a saída de Oliver Torres, corpo estranho no jogo físico e vertical do FC Porto de Conceição.

O dragão perdeu mais de meia equipa titular e teve de investir no mercado, bem mais do que nas duas primeiras pré-temporadas de Sérgio Conceição. Para a lateral contratou o internacional argentino Saravia, para o centro da defesa promoveu mais um regresso: agora Ivan Marcano, que há um ano tinha saído a custo zero para a Roma. A busca por um guarda-redes terminou com a contratação do argentino Agustín Marchesin. E logo depois ficou fechada a transferência de Matheus Uribe, internacional colombiano que chega para o meio-campo portista. Para as alas entraram duas opções: o japonês Nakajima, paixão antiga do Dragão, e o colombiano Luis Díaz. Da Rússia chegou Zé Luís para a frente de ataque, numa pré-temporada em que Conceição voltou ainda a fazer regressar jogadores emprestados: Sérgio Oliveira, Osorio e também Galeno, que saiu entretanto para o Sp. Braga. E chamou à pré-época vários jovens da formação, campeões da Youth League.

Na estreia oficial da temporada, a primeira mão da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões frente ao Krasnodar, Conceição deu a titularidade a um desses jovens, Romário Baró, num onze que tinha apenas dois reforços, Marchesín e Marcano. Nakajima e Saravia ficaram fora das escolhas, do banco sairam Luis Díaz e Zé Luís, dois dos jogadores que terão tendência a ganhar espaço. Vêm aí muitos jogos para assentar opções, num início de temporada alucinante para o FC Porto, que se passar esta pré-eliminatória tem ainda mais duas partidas de play-off em agosto, no meio do arranque da Liga. E com clássico na Luz à terceira jornada do campeonato.

Objetivo: Recuperar o título de campeão nacional

Classificação época passada:

Melhor classificação: 28 vezes campeão

Treinador: Sérgio Conceição

O plantel do FC Porto 

Entradas: Renzo Saravia (Racing Club), Zé Luís (Spartak Moscovo), Shoya Nakajima (Al-Duhail), Luis Díaz (Junior Barranquilla), Iván Marcano (Roma), Marchesín (América), Uribe (América), Sérgio Oliveira (regresso empréstimo), Osorio (regresso empréstimo)

Saídas: Maxi Pereira (fim de contrato), Fabiano (fim de contrato), Adrián López (fim de contrato), Militão (Real Madrid), Felipe (At. Madrid), Hernâni (Levante), Herrera (fim de contrato, At. Madrid), Óliver Torres (Sevilha), Galeno (Sp. Braga), André Pereira (V. Guimarães, empréstimo), Brahimi (fim de contrato, Al-Rayyan); Iker Casillas (novas funções)

Equipa-tipo:

Atenção a:

Matheus Uribe

O último reforço a rumar ao Dragão, pelo menos até agora, chega para o meio-campo e até assumiu a camisola 16, aquela que usava o ex-capitão Hector Herrera. A qualidade está lá, num médio com grande disponibilidade física, com capacidade de condução de bola e sempre de olho na baliza, que vai procurar impor-se na posição ocupada para já por Sérgio Oliveira.

Mateus Uribe, que ganhou um «h» no nome próprio por uma questão de marketing - será Matheus no Dragão –, passou pelo Envigado e pelo Deportes Tolima, antes de rumar no verão de 2016 ao Atlético Nacional. A tempo de festejar a conquista da Taça Libertadores pelo clube colombiano, sem ter chegado a jogar na competição nessa temporada. Em duas épocas fez 47 jogos e 8 golos pelo Atlético, antes de emigrar pela primeira vez, para jogar no América. No México teve uma primeira época de sonho, com 14 golos em 38 jogos, e ganhou espaço na seleção da Colômbia.

Esteve no Mundial 2018 e fez três jogos na Rússia, na campanha da Colômbia até aos oitavos de final. O português Carlos Queiroz, novo selecionador «cafetero», continuou a apostar nele e Uribe foi titular em três dos quatro jogos da Colômbia no Brasil. Agora acompanha Marchesín na viagem para o Dragão, para viver aos 28 anos a primeira experiência no futebol europeu.

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