O Maisfutebol apresenta, uma a uma, as 18 equipas da Liga 2019/20, que arranca nesta sexta-feira, 9 de agosto
O Belenenses pôs a fasquia elevada na época passada, quando andou a rondar um lugar europeu, antes de quebrar na reta final do campeonato. Terminou em nono, depois de ver sair no mercado de inverno Fredy e Reinildo. A tendência de perda de jogadores nucleares acentuou-se no defeso: saíram Muriel, Diogo Viana, Sasso, Zakarya, Eduardo ou Dálcio. Sinal da boa época liderada por Silas, que potenciou esses jogadores, mas o reverso da medalha é a necessidade de reconstruir a equipa. De novo em circunstâncias anormais, no meio do diferendo entre o clube e a SAD, que se mantém. A equipa da SAD do Belenenses volta a ter o Jamor como casa e o desafio desportivo é grande.
Silas continua à frente da equipa, essa é a primeira garantia de estabilidade e continuidade de bom trabalho, mas o treinador continua a insistir na necessidade de reforçar o plantel para repetir a receita da época passada, conciliando juventude e experiência. Os azuis asseguraram o guarda-redes André Moreira em definitivo e aproveitaram um protocolo com o Lille para garantir cinco jovens dos quadros do vice-campeão francês, quatro deles por empréstimo. Contrataram ainda Dieguinho, ex-companheiro de equipa de Silas no Cova da Piedade, e fizeram regressar André Sousa, enquanto para a defesa chegaram o central Eduardo Kau e o lateral-esquerdo Francisco Varela e por ultimo o nigeriano Chima Akas. Continuaram a apostar na juventude, com vários reforços para os sub-23, onde podem estar sempre opções para a equipa principal: Edi Semedo, Simon Ramírez e João Monteiro chegaram do Benfica e a SAD foi ainda buscar três jovens ao Belenenses clube: Tomás Castro, Jorge Xavier e Nilton. Mas faltam alternativas claras aos jogadores que saíram, num plantel ainda a precisar de mais qualidade e experiência. Há alvos bem definidos, entre os quais avançado venezuelano Jhonder Cadiz, agora dos quadros do Benfica, que o Belenenses assumiu com objetivo.
A ambição está lá, o objetivo é fazer igual ou melhor que na época passada e Silas acredita que é possível voltar a apresentar uma equipa competitiva. A estreia oficial da época mostrou que esta é uma equipa ainda em construção e custou a presença na Taça da Liga: o Belenenses foi afastado pelo Santa Clara. Há muito trabalho pela frente. E a partir de agora isso terá de ser feito já em andamento.
Objetivo: Primeira metade da tabela
Classificação época passada: 9º
Melhor classificação: Campeão nacional em 1945/46
Treinador: Silas
Entradas: André Moreira (At. Madrid), Dieguinho (Cova Piedade), Hervé Koffi (Lille), Hakim Ouro-Sama (Lille), Imad Faraj (Lille), Charles Brym (Lille), Chano Boukholda (Lille), Eduardo Kau (Avaí) e Francisco Varela (Rayo Majadahonda), Chima Akas (Kalmar)
Saídas: Diogo Viana (Sp. Braga), Sasso (Servette), Reinildo (Lille), Dálcio (Panetolikos), Eduardo (Sporting), Tiago Caeiro, Cleyton (Hatta Club), Muriel (Fluminense), Zakarya (Denizlispor)
Equipa-tipo
Atenção a:
Kikas
O Belenenses SAD tem potenciado vários jogadores, muitos deles saíram, mas Kikas continua, a alimentar a expectativa depois de uma época de estreia que prometeu muito. O jovem avançado, que passou pela formação do Sporting e do V. Guimarães e deu nas vistas logo na primeira época de sénior, em 2017/18, quando marcou 20 golos em 30 jogos no Benfica Castelo Branco, entre os quais um «póquer» na Taça de Portugal, é um dos jogadores da Liga que vale a pena seguir.
Kikas deu o salto para o Belenenses na temporada seguinte, começou pelos sub-23 mas só precisou de meia época para chegar à equipa principal para ficar. Fez 15 jogos e marcou cinco golos, com um bis ao Feirense na semana anterior a assinar o empate do Belenenses na Luz. O avançado de 20 anos renovou em maio e passou a ter uma cláusula de rescisão de 15 milhões de euros.
