Boavista e Tondela anularam-se no Estádio do Bessa e somaram um ponto cada na abertura da jornada sete da Liga. Desfecho mais penalizador para o xadrez, que viu a estratégia travada na defensiva beirã e em dois remates ao poste.

Depois do empate em Barcelos obtido em inferioridade numérica, Lito Vidigal foi obrigado a mexer pelo castigo de Sauer e também tirou Paulinho, lançando Heriberto e Yusupha na frente, mais perto de Mateus e Stojiljkovic. Já Natxo surpreendeu, com duas estreias a titular: as de Philipe Sampaio e Strkalj, o último de forma absoluta na Liga. Toro e João Pedro também foram novidades, o último após lesão.

Da primeira parte, dados objetivos. Três remates enquadrados, todos do Boavista. Houve vontade, mas pouco produto ofensivo. E, sobretudo, falta de talento na definição.

Olhar para o filme até ao intervalo é olhar muito ao remate de Marlon, ao minuto 28. Foi o lance de maior frenesim junto das balizas e fez tremer a de Cláudio Ramos. Lamento de um lado, alívio do outro.

As outras duas tentativas direcionadas foram a abrir: Ramos foi seguro perante Mateus e Heriberto.

Os destaques do Boavista-Tondela

O Boavista entrou astuto. Sóbrio. Paciência na circulação de bola, ataque no momento certo. Mas quando a bola chegava à frente, faltava um pouco mais. A exemplo, o lance ao minuto 21. O passe de Yusupha para Heriberto foi delicioso, mas o cruzamento não encontrou ninguém na área.

Do outro lado, um Tondela solidário, coeso e nada amedrontado na defesa. Porém, pálido à frente. As corridas de Murillo, Strkalj e Toro foram em vão. João Pedro ainda tentou, mas falhou a baliza (17m). Depois, lances que refletem a falta de proveito com espaço suficiente para mais estragos. João Pedro e Jaquité tinham tudo para definir melhor, mas quase foram ao encontro do obstáculo (40m).

Boavista-Tondela: a ficha e o filme do jogo

O reinício, sem mudanças nos 22 protagonistas, também pouco trouxe ao jogo a curto prazo. Foi preciso dar algo… Bueno ao jogo, para este mexer. Até aos 65 minutos, altura da entrada do espanhol, só um erro de Yohan Tavares quase permitiu a Stojijkovic ser feliz, mas o avançado não aproveitou (51m).

Bueno foi lançado nas costas de Stojijkovic, Yusupha passou para o corredor esquerdo e logo foi sentida a mudança. O número 14 do xadrez ajudou a descortinar desequilíbrios até então seguros pelo Tondela e deu mais liberdade a Yusupha, que quase fazia um dos golos do ano ao minuto 68: o remate do meio da rua beijou o ferro.

A propensão atacante do Boavista foi tamanha até final que o Tondela, já após tentativas infrutíferas de Pepelu e Strkalj, quase deu o golpe no fim. Murillo não teve cabeça para o cruzamento de Toro, hondurenho que quase decidiu na compensação, mas a bola foi à malha lateral. O jogo acabou com uma tentativa de Bueno e a bola a bater nas costas de um colega de equipa.

O Tondela - que tentou - não deu mesmo com um remate à baliza, mas saiu do Bessa a somar e sem derrotas em quatro deslocações. O Boavista continua sem perder.

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