Miguel Cardoso, treinador do Rio Ave, em declarações na sala de imprensa do Estádio do Rio Ave, após a vitória por 2-0 frente ao Estoril, em jogo da 28.ª ronda da Liga:

«O Rio Ave é um justo vencedor. A entrada forte que tivemos marca o resultado final. Foi algo preparado e pensado. Tínhamos falado que havia uma grande probabilidade de vencer. A intensidade e o funcionamento da equipa, para além do nosso jogo, levou-nos ao sucesso. A equipa correspondeu plenamente, os jogadores mostraram uma grande reação ao desafio que lhes foi proposto.

A segunda parte foi mais difícil. O Estoril, com os jogadores de qualidade que tem, atirou-se ao jogo, de forma a conseguir pontuar. O Rio Ave geriu e interpretou o jogo da melhor forma para vencer.»

[Entrada de Pedro Moreira]:

«Sentimos que as trocas que o Estoril fez acrescentaram mais capacidade e, em função do esforço de construir o resultado na primeira parte, acusámos alguma fadiga. Compete-me ajudar a equipa do lado de fora. Correu bem, os jogadores estão muito ligados à ideia.

[Margem de crescimento da equipa]:

«Gostava que ficasse claro que as goleadas que sofremos não estão relacionadas com a saída do Rúben Ribeiro. Caso contrário, teriam acontecido mais goleadas. Não fomos penalizados mais do que as outras equipas. O fundamental é o que as equipas conseguem fazer com o que lhes acontece. O Rio Ave tem sido muito competente, superou as dificuldades. Não se faz um campeonato sem esses jogos acontecerem. Procuro e espero que a equipa seja regular até ao final.»

[Adversário 5.º lugar]:

«Não estamos contra ninguém. As minhas preocupações diárias são com os meus jogadores e com as competências da minha equipa. Portanto, mais do que estar preocupado com os adversários, preocupo-me em olhar para a minha equipa e em transformar possibilidades em probabilidades. Alimento a ambição dos jogadores, lanço-lhes desafios. Os processos marcam, a equipa do Rio Ave vai ficar marcada pelo seu estilo e não pelo resultado da tabela.

Há pessoas que pensam que todos os problemas são pregos e resolvem-nos com martelos. Temos de ter algo mais do que um martelo. Esta equipa do Rio Ave tem um conjunto de jogadores experientes e outros nem tanto. Atenção, experiência não significa idade. Passa sim, pelos momentos vividos. Estou convencido de que com jogadores mais experientes tínhamos tido mais posse de bola na segunda parte. Há sempre espaço para crescer. Quero fazer dos jogadores do Rio Ave melhores do que o que são. Só se consegue promover jogadores através de um jogo positivo.»