A FIGURA: Tiago Gouveia

Antes do golo na reta final da primeira parte já tinha acertado com estrondo no ferro da baliza de Diogo Costa. Veloz sobre o corredor direito e perspicaz nas diagonais e sem bola, deu água pela barba a Zaidu, que não conseguiu travá-lo na jogada do 1-0. Tem tudo para ser uma das figuras deste Estoril de Nélson Veríssimo em 2022/23.

 

O MOMENTO: golo de Taremi. MINUTO 90+9

O FC Porto carregava com tudo e no nono minuto do tempo de compensação o avançado iraniano fez o golo que o FC Porto procurou durante toda a segunda parte.

 

OUTROS DESTAQUES

Francisco Geraldes: foi o ponto de equilíbrio do Estoril. Esteve perto do 2-0 já na segunda parte e as opções tomadas com bola transmitiram confiança à equipa. Resiliente, fez também uma exibição notável no plano defensivo.

Pedro Álvaro: imperturbável, esteve quase sempre bem posicionado e isso permitiu-lhe antecipar muitas das intenções dos médios do FC Porto e ganhar duelos. Aos 35 minutos introduziu a bola na própria baliza, mas já havia fora de jogo. Aos 22 anos, o defesa formado no Benfica está na primeira época no principal escalão e foi titular em todos os jogos sob o comando de Nélson Veríssimo.

Bernardo Vital: tal como o parceiro do eixo defensivo, fez uma exibição quase isenta de erros e irrepreensível do ponto de vista posicional. Na retina ficam várias ações defensivas, uma delas de enorme qualidade nos minutos iniciais da segunda parte a um cruzamento de Zaidu que cortou para canto. Tal como Pedro Álvaro, teve bem mais dificuldades na segunda parte, mas superou a prova de stress.

Rodrigo Martins: a tentativa aos 20 minutos (no primeiro remate do jogo) não passou longe do poste esquerdo de Diogo Costa. A bola não lhe chegou muitas vezes, mas quando chegou soube como tratar dela. Já na segunda parte fez uma assistência fantástica de trivela para Geraldes, mas o médio estorilista falhou a soberana ocasião de golo. Depois, animou os adeptos do Estoril quando fez um túnel a Fábio Cardoso numa jogada em que arrancou um amarelo ao central portista.

Taremi: qualidade nas associações, perdulário e azarado a finalizar. Viu a barra desviar-lhe aquilo que seria um grande golo. A fechar, evitou a derrota portista da marca dos 11 metros.

Galeno: foi o primeiro a saltar do banco do FC Porto para o jogo, já na segunda parte. Os dragões já carregavam, mas a entrada do extremo brasileiro acentuou ainda mais a pressão. Agitador.

Pepê: um dos mais inconformados de um desinspiradíssimo FC Porto nos 45 minutos iniciais. Pela esquerda (onde começou), pelo centro e até pela direita procurou desequilibrar sempre que a bola lhe passou pelos pés e conseguiu fazê-lo. Não fizesse já várias posições no ataque, ainda acabou o jogo a lateral-direito.