Estoril e Vizela empataram com um emocionante 2-2 na tarde deste sábado, com os visitantes a reclamarem um ponto no último suspiro do jogo, agora com Álvaro Pacheco do outro lado da barricada. Os canarinhos estiveram por duas vezes em vantagem e, quando procuravam segurar a curta vantagem, deixaram-se surpreender no último lance da partida.
Confira a FICHA DO JOGO e os VÍDEOS DOS GOLOS
Álvaro Pacheco não terá ficado nada satisfeito com o desaire do Estoril em Barcelos (3-5), mudou meia equipa, com destaque para a baliza, com Marcelo Carné a render Dani Figueira, e mudou também o sistema, procurando mais solidez defensiva com três centrais de início. Pablo Villar, por seu lado, promoveu apenas uma alteração em relação ao onze que, há uma semana, perdeu em casa com o Benfica (1-2), com Alberto Soro a render Bustamante.
Foi, portanto, um Estoril de cara lavada que entrou com tudo no jogo, num belo dia de sol e com uma bela coreografia nas bancadas a dar a cor ao jogo. A equipa de Álvaro Pacheco, com um bloco bem subido, conquistou dois pontapés de canto logo a abrir e exerceu uma enorme pressão sobre a área de Buntic, procurando profundidade pelas alas, mas também pela zona central. O Vizela entrou mais na expetativa, fechou-se bem sobre a sua área, cedeu meio-campo e esperou pelas sucessivas vagas da equipa da casa.
Um cenário que não se prolongou por muito tempo, uma vez que o Vizela, com recurso a pontapés longos, começou, aos poucos, a subir o seu bloco e a também pressionar o Estoril. O jogo equilibrou-se, ganhou velocidade e embalou para uma partida de parada e resposta, com grande intensidade. O Vizela insistia nos pontapés longos, a tentar explorar a velocidade de Alberto Soro e, sobretudo, de Matias Lacava. O Estoril, agora com mais espaços, também acelerava o jogo, com particular destaque para as constantes investidas do incansável Rodrigo Gomes.
O extremo do Estoril foi uma permanente dor de cabeça para Matheus Pereira, mas depois tinha de recuar a toda a velocidade para travar as respostas de Lacava no mesmo corredor. O Vizela teve depois uma oportunidade soberana na sequência de um cruzamento tenso de Matheus Pereira, com Essende a chegar ligeiramente atrasado para a emenda, mas na sequência do mesmo lance, Rodrigo Gomes voltou a escapar com mais uma arrancada e, já com as bancadas de pé, invadiu a área e atirou ao lado.
Três golos em catorze minutos
A primeira parte chegou ao fim cheia de promessas, mas a segunda começou com um futebol feio e incaracterístico, com as duas equipas a perderem facilmente a bola, mas não tardou a animar. Depois de dez minutos com muita luta pela bola, Rafik Guitane fez o mais simples. Arrancou pelo corredor central, chegou à entrada da área e rematou fraco, mas muito colocado. Buntic, com muitos jogadores à frente, nem se fez ao lance. Um golo inesperado, mas muito festejado pelo Estoril.
Pablo Villar não esperou mais e abdicou de Alberto Soro para lançar Diogo Nascimento e o Vizela, logo a seguir, chegou ao golo. Um lance que também parecia inofensivo, com Tomás, sobre a direita, a cruzar para o coração da área onde o gigante Essende, com toda a calma do mundo, rodopiou para bater Marcelo Carné com um remate colocado. O jogo animava e, mais seis minutos, novo golo para o Estoril, com João Marques a levantar a bola da direita e Bernardo Vital, junto ao primeiro poste, a desviar de cabeça, com a bola a sobrevoar Buntic ao encontro das redes. Em apenas catorze minutos, três golos, a darem bem conta do combate que se vivia em campo, outra vez com parada e resposta.
Empate ao cair do pano
Álvaro Pacheco lançou de imediato Heriberto para a contenda, procurando tirar dividendos da velocidade do avançado face ao muito espaço que agora havia no relvado, com o Vizela, mais uma vez, à procura do empate. Pablo Villar também esgotou as substituições, lançando toda a artilharia que tinha no banco, numa altura em que a equipa atacava com tudo, mas mais com o coração do que com a cabeça.
O Estoril estava agora nas suas sete quintas, em vantagem e com espaço para jogar como tanto gosta, com transições rápidas. Já em tempo de compensação, Heriberto chegou a marcar um terceiro golo, mas nem festejou, uma vez que estava em evidente posição irregular.
Quando parecia que era o Estoril que ia ficar com os três pontos, balde de água fria na Amoreira, com o Vizela a chegar ao empate no último lance do jogo. Na sequência de um pontapé de canto, Buntic subiu até à área contrária, conseguiu atrapalhar, e de ressalto em ressalto, Dylan marcou de cabeça e gelou a Amoreira.
Um verdadeiro balde de água gelada para a equipa de Álvaro Pacheco que já contava com os três pontos garantidos.