O processo instaurado aos árbitros e aos delegados do FC Porto-Sporting, da 34.ª e última jornada da Liga 2018/19, foi arquivado por ter prescrito.

Em causa estava a ausência, nos respetivos relatórios, de referências concretas aos incidentes do minuto 89 do jogo, quando se gerou uma enorme confusão entre elementos de ambas as equipas, motivando inclusivamente a entrada das forças de segurança.

Em relatório concluído já a 13 de fevereiro deste ano, o instrutor já recomendava o arquivamento do processo, por entender que este tinha prescrito.

No que diz respeito aos delegados da Liga, o instrutor até entendia que estes não tinham o dever de relatar tais factos nos seus relatórios, pelo que não enquadrava a situação em qualquer infração disciplinar.

Relativamente à equipa de arbitragem, liderada por Fábio Veríssimo, o instrutor defendia que a omissão dos factos não teria sido deliberada, pelo que no máximo estaria em causa a falha no dever de relatar os mesmos, o que constitui uma infração leve...que já estava prescrita.

O caso desceu ao Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol, que concordou com a prescrição do caso, embora deixando algumas ressalvas.

O órgão liderado por José Manuel Meirim concorda que em causa estaria apenas uma infração leve, e como tal o prazo para analisar o caso expirou.

No entanto, o CD não deixa de criticar a lentidão do processo, revelando que a 30 de outubro de 2019 foi solicitado que se juntassem aos autos o Relatório da Organização do Jogo, e que isso só foi feito a 5 de fevereiro de 2020.

Refira-se ainda que o CD discorda do argumento de que os delegados da Liga não tivessem o dever de incluir também estes factos nos respetivos relatórios, mas – lá está – seria uma infração leve, e nesse contexto o prazo para avaliar o caso tinha expirado.

Incidente entre Sérgio Conceição e Renan foi arquivado também

Importa recordar, a este respeito, que o tal minuto 89 do FC Porto-Sporting da época passada ficou marcado por um incidente entre o treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, e o guarda-redes do Sporting, Renan Ribeiro.

O árbitro não agiu disciplinarmente na altura, mas o caso motivou a abertura de um processo, que no entanto foi arquivado em outubro de 2019.