Marcar, ultrapassar e fugir. O remate de Colombatto para o fundo das redes valeu isto tudo para o Famalicão. O golo valeu a vitória e a conquista dos três pontos; valeu a ultrapassagem ao Estoril e Portimonense – colou-se ao Rio Ave – e a fuga à zona de descida, estando a sete pontos de distância.
Numa gélida noite no Minho, assistiu-se a um jogo equilibrado, em que a vitória podia cair para qualquer lado. Os da casa aproveitaram o único erro cometido pelos canarinhos para vencer. Assim, a formação de Nelson Veríssimo continua em queda. Depois do bom início de campeonato, somou apenas uma vitória nos últimos sete jogos.
Primeira parte sem golos
Com as duas equipas separadas apenas por um ponto, os técnicos fizeram poucas alterações nos onzes. Rui Pedro Silva, depois do empate com o Rio Ave, fez apenas uma, trocando Sanca por Dobre. Já Nelson Veríssimo, que saiu do terreno do Marítimo sem somar pontos, mexeu em três peças: saíram Ndiaye, Lea Siliki e Erison e entraram Pedro Álvaro, Rodrigo Martins e Cassiano, em estreia na formação estorilista.
Os locais entraram melhor e logo no primeiro minuto Iván Jaime, um dos mais ativos, cabeceou rente à trave. Logo depois, Penetra, com um remate de fora da área, pôs Dani Figueira em sentido. A resposta dos visitantes saiu da magia de Francisco Geraldes. Depois de fazer um túnel ao adversário, rematou forte para defesa apertada de Luiz Júnior.
O jogo estava repartido, mas era o Famalicão que criava mais perigo. Jhonder, após passe magistral de Iván Jaime, viu o guardião do Estoril fazer bem a mancha e negar o golo. Logo depois, foi o espanhol a pegar no esférico na esquerda, fletir para o meio e rematar para excelente defesa de Dani Figueira. A fechar a primeira metade, Rodrigo Martins roubou o esférico a Colombatto e disparou forte para parada, em voo, do guardião famalicense.
Autoestrada valeu triunfo
Após uma excelente primeira metade, onde apenas faltaram os golos, a toada manteve-se no recomeço. As duas formações equilibraram-se e iam tendo aproximações perigosas às balizas contrárias. Mas foi preciso uma falha coletiva para o placard ser inaugurado. Vindo de trás, Colombatto aproveitou a autoestrada aberta pela defesa canarina para ir por ali fora e atirar longe do alcance de Dani Figueira.
Nelson Veríssimo mexeu na equipa, tentando dar maior acutilância ofensiva ao Estoril. Contudo, a formação famalicense continuava confortável na partida e, apesar dos forasteiros terem mais bola, era em zona onde criavam pouco perigo. Por sua vez, o Famalicão apostava cada vez mais em saídas rápidas para o ataque, apostando num jogo vertical.
O certo é que o tempo foi passando e a diferença mínima no marcador mantinha-se. Até ao final, os estorilistas tentaram chegar ao empate, mas faltou critério na zona de definição. Os famalicenses tiveram oportunidades para matar o jogo, no entanto seguraram os preciosos três pontos.