Declarações do treinador do Famalicão, João Pedro Sousa, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Famalicão, após a derrota por 3-2 do Famalicão ante o Tondela, em jogo da 13.ª jornada da Liga:

«Temos de ir, se calhar menos vezes e marcar mais. E não podemos permitir que o adversário, em tão poucas vezes, consiga marcar. É um problema que está identificado, se calhar um bocadinho a ver com a forma como atacamos e não como defendemos. Mas temos de corrigir rapidamente para regressarmos às vitórias e que não seja preciso sofrer tanto, trabalhar tanto e produzir tanto para ganhar um jogo. Nos últimos jogos os resultados foram maus, duas derrotas, mas produzimos muito, jogámos como treinamos, como queremos. Mas estamos a sofrer por erros defensivos que não permitem que o resultado seja melhor.»

«Dominámos o jogo do primeiro minuto até ao minuto 100. Infelizmente, o adversário, nos dois primeiros ataques que tem, faz golo, um é erro nosso na fase de construção, outro num canto. Ou seja, estávamos mais focados no nosso jogo do que nos aspetos de transição. Trabalhámos, podemos encontrar isto semana após semana. Tentamos assumir o jogo, conseguimos fazê-lo, mas a transição ofensiva do adversário tem causado alguma mossa e é um aspeto que temos de corrigir.»

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[Se o Famalicão joga como equipa grande, pela maior posse de bola e oportunidades e o que fazer quando as equipas adversárias baixam tanto linhas:] «Olho para a posse de bola de forma diferente, mas de facto, a puxar a brasa à minha sardinha, a nossa posse de bola faz mossa nas equipas adversárias. Conseguimos entrar por vários sítios. Temos alguma dificuldade em colocar bolas em zonas de finalização, mas basicamente o nosso problema, nos últimos jogos, é colocar bolas em zona de finalização em maior número e finalizar esses lances. Mas o nosso problema também tem a ver com a forma como atacamos, temos de rapidamente reagir à perda de bola com outro tipo de características, velocidade.»

[Sobre o golo anulado e o que causaram as paragens no jogo:] «Da arbitragem não vou falar, mas acho que a paragem no jogo, para além de prejudicar o Famalicão, prejudica o futebol. É impensável. No cinema temos intervalos de sete minutos, no futebol temos paragens de dez. Não faz sentido. Estivemos à espera de uma decisão, que ou era clara, ou então deixava seguir o jogo. Mas claro que é prejudicial para o Famalicão.»

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Na conferência de imprensa, do lado do Famalicão, esteve inicialmente o presidente da SAD, Miguel Ribeiro, que contestou a atuação da equipa de arbitragem, nomeadamente o golo anulado a Anderson, que daria o 3-2 e a reviravolta no marcador, ao minuto 70. «Temos um balneário estupefacto, tentamos descortinar qual a irregularidade que nos tirou o 3-2 e ainda não conseguimos», afirmou.

Artigo atualizado às 21h26