FIGURA: Dedic

O lateral-direito do Benfica mostrou competência a defender e a atacar, conseguindo em alguns lances progredir com bola na primeira parte, sacudindo a superioridade global que o FC Porto foi mostrando – embora sem golos – nos primeiros 45 minutos. Teve um par de combinações interessantes com Lukebakio e atreveu-se a chegar com bola até à área contrária. Na segunda parte, conseguiu controlar algumas investidas tentadas por Moura ou Borja Sainz. Bem posicionado e combativo. Outro lance disso exemplo aconteceu já na segunda parte, quando tentou correr contra o mundo, da direita para a esquerda à procura de progredir no meio-campo ofensivo. Acabou por perder a bola (e obrigou Mourinho a pedir imediatamente a Richard Ríos a compensar no seu lugar por momentos).

MOMENTO: na falta de remates… águia quase sorria com autogolo

Uma bola no ferro de uma baliza, outra no ferro de outra. O Benfica foi pouco rematador – na verdade o único remate enquadrado foi de Sudakov, de livre (34 minutos) e quase era feliz numa ação de Kiwior, que quase fez autogolo. A bola bateu no ferro (64m).

OUTROS DESTAQUES

Lukebakio: quando a bola chegou ao internacional belga e congolês pela direita do ataque, o Benfica conseguiu ter frequentemente mais bola no meio-campo ofensivo e colocar a organização defensiva do FC Porto em mais sentido. Lukebakio mostrou ser bom de bola e foi o elemento mais atrevido e sem medo de ter e guardar a bola nos duelos individuais, destacando-se também no ganho desses duelos. Deu que fazer a Kiwior e Moura e permitiu também que Ríos se soltasse em alguns lances na meia-direita, bem como a progressão de Dedic pelo mesmo corredor.

António Silva: o central português do Benfica nem teve um início de jogo tranquilo, porque a pressão exercida por Borja Sainz na construção das águias ditou dois passes intercetados. Porém, a partir do quarto de hora, António Silva acabou por mostrar mais certeza, segurança e sentido de posicionamento. A exemplo de um bom lance, destacar o corte decisivo perante Borja Sainz, ao minuto 77. Teve também um toque crucial perante William Gomes, acabando com o lance individual do brasileiro (86m). Foi globalmente sólido no Dragão.

Sudakov: a definição, qualidade técnica e visão de jogo do ucraniano ajudou – tal como ajudou Lukebakio – o Benfica a ter mais continuidade e tempo com bola no meio-campo contrário. Porém, também não teve grandes espaços para fazer a diferença individual. Foi sempre bem acompanhado, ora por Alan Varela, ora pelos centrais do Benfica.

Enzo Barrenechea: o argentino acabou por ser o melhor dos três médios do Benfica, ganhando muitos dos duelos que travou e também, sobretudo numa fase final do jogo, no auxílio à retaguarda dos encarnados, quando o jogo estava mais partido e houve mais espaços para tentar ferir o respetivo adversário. Jogo bravo do médio, no auxílio à organização que Mourinho procurou ter para um Clássico no qual era proibido perder.

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