O FC Porto tomou o gosto às goleadas e, depois do que fez na Vila das Aves, bateu o Estoril por 4-0.
Vítor Bruno recuperou a fórmula dos 5-0 ao AVS e, no papel, a receita tinha tudo para ser um sucesso. Juntava-se até a cozinha do Dragão, o que fazia antever uma boa dose de futebol na noite de domingo.
Numa exibição de altos e baixos, os portistas souberam aproveitar os erros, não perdoaram as ofertas da defesa estorilista e, na reta final, engordaram o resultado. O produto final, pois claro, foi mais uma goleada.
Os dragões até entraram autoritários, mas, aqui e acolá, foram dando margem ao Estoril para ousar ter bola e fazer valer a qualidade do trio de meio-campo neste registo. A ousadia dos estorilistas veio abaixo no momento da primeira desorganização.
Duas dezenas de minutos e, num lance onde se abriu um espaço entre central e lateral, Danny Namaso, lançado por Martim Fernandes, retribuiu a confiança de Vítor Bruno, ainda que tenha contado com muita ajuda de Joel Robles. A finalização do inglês não foi perfeita e a defesa incompleta do espanhol fez com que a bola caminhasse lenta e caprichosamente para a baliza.
Nem dez minutos depois e uma verdadeira oferta. Boma, que esteve em bom plano na tarefa de anular Samu, foi displicente perante a pressão portista e deu uma prenda a Pepê.
O conforto do 2-0 permitia pensar mais além, no duelo de Roma e no Clássico na Luz.
Para a segunda parte, Vítor Bruno deixou Alan Varela no balneário e apostou em Eustáquio. Se a intenção era dar outra dinâmica ao meio-campo, então não foi bem-sucedida.
O segundo tempo começou a um ritmo morno. O FC Porto acalmou em demasia o jogo e até continuou a dominar e a criar ocasiões de golo, mas sem o ímpeto que se esperaria tendo em conta a diferença entre as equipas. Os assobios tímidos do estádio denotavam isso mesmo.
Por volta do equador da segunda parte, o FC Porto instalou-se no meio-campo do Estoril, aproveitando também o desgaste visível dos canarinhos. Foi tempo, também, para Vítor Bruno fazer entrar Galeno, na expectativa de acelerar e agitar.
O brasileiro nem precisou de dez minutos. Depois de mais uma iniciativa de Martim Fernandes – que esteve em modo locomotiva pela direita – Galeno apareceu completamente solto ao segundo poste e fez o 3-0.
A fórmula praticamente se repetiu ao cair do pano, mas desta feita foi João Mário, já lançado no jogo, a assistir o brasileiro.