A FIGURA: Otávio

Um motor no meio-campo. Na ausência de um médio de características mais defensivas – como Grujic –, o internacional português tratou das tarefas defensivas, ganhou vários duelos, mas ainda acrescentou a tudo isso enorme capacidade no transporte de bola. Encheu o miolo e mostrou uma capacidade de resistência notável.

O MOMENTO: Matheus Uribe sentencia o jogo, 78m

O Sporting entrou na segunda parte com maior iniciativa, tal como havia feito na primeira. A perder, os leões balancearam-se para o ataque, enquanto o FC Porto recuou de forma propositada para poder ferir o adversário num golpe de contra-ataque. O Sporting, então, aproximava-se da baliza de Diogo Costa quando Porro «substituiu» Adán e deu mão na área. Penálti assinalado e exemplarmente cobrado por Uribe a dar tranquilidade e desfazer as dúvidas quanto ao vencedor do encontro, tendo em conta a inferioridade numérica verde e branca.

OUTROS DESTAQUES

Diogo Costa: até ao minuto 45 pouco ou nenhum trabalho teve. Nos descontos do primeiro tempo, foi ele quem segurou a vantagem portista ao intervalo. Primeiro, esticou-se para defender um remate rasteiro de Trincão que levava selo de golo; logo de seguida, no pontapé de canto, evitou o 1-1 com uma defesa de instinto, após cabeceamento de Inácio. Aos 83m, Marcano foi ultrapassado por Fatawu, mas o internacional português saiu rápido dos postes e agigantou-se.

Pepê: mais uma exibição completa do extremo/ala/médio. Desempenha um pouco de cada função no novo esquema de Conceição e com enorme categoria. Está um jogador cada vez mais moldado à imagem do treinador e denota-se uma evolução tremenda desde a chegada ao Dragão.

Galeno: o pesadelo da defesa leonina. Tal como em Vizela, entrou endiabrado e acrescentou poder de explosão e imprevisibilidade. Fez o cabeceamento que acabou nas mãos de Porro e valeu o 2-1 para o FC Porto (75m), além de ter provocado o lance do segundo penálti do jogo, aos 86m. Apostou na velocidade e só a saída disparatada de Adán o travou, encarregando-se, de seguida, de cobrar a grande penalidade com sucesso. Um prémio merecido para o brasileiro.

Evanilson: às vezes, parece desaparecido, mas se «cheira» a golo, lá está ele. Foi precisamente o que aconteceu aos 42 minutos. A bola até vinha direcionada para Taremi, mas, percebendo que a saída de Adán poderia ser arriscada, ganhou a frente a Coates e aproveitou a sobra para encostar e desfazer o nulo no Dragão, numa altura em que as oportunidades escasseavam.