Paulo Sérgio, treinador do Portimonense, em declarações na sala de imprensa do Dragão, após a goleada de 7-0 sofrida contra o FC Porto, em jogo da 30.ª jornada da Liga:

«Não é um jogo para saber. Não tínhamos as condições mínimas para ser mais competitivos. Sabíamos que as coisas podiam descambar e correr mal. Ao invés de criticar os meus jogadores, quero elogiá-los pela dignidade. Houve muita gente fora de posição.

Esses jogadores sacrificaram-se em nome do grupo e da equipa. Foram dignos apesar do resultado. Já vi equipas com todas as soluções a apanharem quatro, cinco ou seis no Dragão. Não podíamos arriscar nas condições em que estávamos. 

Só tinha um central disponível que era o Relvas. Ele estava à bica e não podia expô-lo. A próxima partida com o Moreirense é uma final para nós. O Pedrão trabalhou limitado, mas estaria disponível. No entanto, resolvi deixá-lo em casa porque também tem quatro amarelos. Era um dia difícil para vir ao Dragão.

Tenho plena confiança de que vamos estar mais unidos na próxima semana. Houve mérito do FC Porto e demérito nosso. Cometemos alguns erros e facilitámos. Não podemos sofrer um golo de bola parada. É o mais fácil de anular. Não estávamos a defender bem. Mas houve o golo de penálti, outro de canto e outro na segunda parte. Mas não quero pegar nisso. Não quero criticar os jogadores, mas tirar-lhes o chapéu em nome dos nossos interesses. 

O Samuel também tinha quatro cartões amarelos e estava à bica. Fiz o que fiz com os outros e não corri riscos. O que vi de positivo? Um miúdo de 18 anos, que era júnior do Alverca, a jogar com muita personalidade no corredor esquerdo. Ele já entrou em alguns jogos, mas nunca tinha jogado tanto tempo com um quadro de problemas como este pela frente. Justificou a aposta para o futuro. Outros miúdos que têm trabalhado connosco e andam à procura de uma oportunidade na próxima época estrearam-se hoje. É sempre um marco nas suas carreiras.»