Pepa, treinador do vitória, em declarações na sala de imprensa do Dragão, após a derrota por 2-1, em jogo da 12.ª jornada da Liga:

«Não há vitórias morais. Foi um jogo bem disputado, intenso e com oportunidades para ambas as equipas. O FC Porto fez o que fez em Liverpool. Coloca os dois alas muito subidos na pressão e condicionam o lado cego do central. O ponta de lança define a pressão e depois o Taremi fica um pouco mais por trás. Os dois médios ficam sempre de frente para o jogo. 

Após duas perdas de bola no início, entrámos no jogo e disputámo-lo olhos nos olhos. Assim o Vitória dá gosto. A resposta foi cabal. Temos de olhar para nós [em relação aos amarelos]. Cometemos faltas quando os jogadores do FC Porto estavam de costas na linha lateral. Não deveríamos ter feito esse tipo de faltas. Ficámos com menos um e o jogo tornou-se mais complicado. 

Nos dez minutos finais o FC Porto geriu muito bem a bola e já não tivemos capacidade para chegar lá. Tentámos tudo com menos um, mas quero realçar a nossa grande qualidade até à expulsão. Falo do lance da expulsão, mas o Mumin foi bem expulso. Até lá estávamos a fazer um grande jogo. 

Em termos coletivos este é o melhor FC Porto desde que o Sérgio cá está. É uma equipa muito forte com e sem bola e muito pressionante. Agride muito a profundidade e a largura, tem jogadores de grande qualidade. Vivemos 15 dias complicados. Às vezes, fruto do azar, aparecem outros jogadores. Hoje entrámos com sete jogadores com menos de 23 anos. São o futuro, mas também o presente. Dá gosto ver os miúdos em campo com esta qualidade e inteligência.

Depois da expulsão surgiram mais oportunidades para o FC Porto, mas o Varela aguentou-nos dentro do resultado. Nessa fase, quando ganhámos a bola, já não mostrámos capacidade mental para decidir bem. 

Tivemos muita qualidade na saída de bola. A pressão do FC Porto é fortíssima e perder a bola nessa fase, seria entregar o ouro ao bandido. Tivemos critério e estivemos confiantes em organização ofensiva. Deu gozo ver o que estava a acontecer. No entanto, não posso dissociar a forma como sofremos os dois golos. O FC Porto bateu o livre muito rápido e sofremos um grande golo do Díaz. A expulsão surge num lançamento que fizeram rapidamente. Estávamos bem no jogo e foi pena a expulsão. 

Perder, ganhar e empatar faz parte, mas desta forma... Não dá pontos, mas não podemos sair de cabeça para baixo. Estou muito orgulhoso do que fizemos.»