Pinto da Costa e outras seis pessoas, entre elas cinco administradores da SAD do FC Porto, foram constituídos arguidos no âmbito do inquérito que teve origem numa queixa do Benfica.

«No âmbito de inquérito que teve origem numa queixa apresentada pelo Sport Lisboa e Benfica, foram, hoje, constituídos e interrogados sete arguidos. Estes arguidos encontram-se indiciados pela prática do crime de ofensa a pessoa coletiva, estando, ainda, um deles indiciado pela prática crime de violação de correspondência», indica uma nota publicada na página da internet do DCIAP, sem mencionar o nome dos arguidos.

A TVI já confirmou que o presidente do FC Porto, Adelino Caldeira, Fernando Gomes, Reinaldo Teles, José Américo Amorim e Rui Vieira de Sá estão indiciados pela prática de crimes de ofensa à pessoa coletiva. O outro arguido é Diogo Faria, que escreveu o livro «Polvo Encarnado» com Francisco J. Marques.

Recorde-se que Francisco J. Marques já era arguido por violação de correspondência.

Esta sexta-feira, Pinto da Costa e os vários administradores da SAD portista, compareceram no DCIAP, em Lisboa, para serem ouvidos na sequência da queixa apresentada pelo Benfica sobre a divulgação de correspondência do clube da Luz.

Pinto da Costa esteve na manhã desta sexta-feira, durante cerca de 40 minutos, nas instalações do DCIAP, sem prestar declarações aos jornalistas.

O DCIAP esclarece ainda que este inquérito «é distinto do designado caso dos e-mails, no qual se investigam crimes de corrupção e, como já foi tornado público, tem um arguido constituído».

«Como foi oportunamente informado, tal equipa foi constituída, por despacho da Procuradora-Geral da República, para que a investigação desses crimes se desenvolvesse com conhecimento global do fenómeno, de forma concentrada, integrada e coordenada, competindo-lhe decidir quais as investigações que lhe ficam afetas e quais as que devem ser investigadas noutros departamentos do Ministério Público», acrescenta o DCIAP.