O futebol é dado às gírias. Uma das mais comuns escreve-se com poucas palavras: não interessa como começa, mas como acaba.

Foi o que se passou hoje com o FC Porto, em Portimão. Os campeões nacionais não entraram bem no jogo, mas, depois do choque inicial, souberam reagir e angariar uma vitória incontestável.

O bom resultado a meio da semana fazia prever que os comandados de Sérgio Conceição iam entrar em campo motivados.

Não foi isso que aconteceu: o Portimonense, uma das equipas sensação neste início de campeonato, foi muito superior nos minutos iniciais.

Com um claro domínio no miolo do terreno, a equipa de Paulo Sérgio encostou o campeão nacional à sua área.

Não é que esse ascendente se tenha materializado em grandes ocasiões; em boa verdade, elas não existiram - exceção para um remate, aos 7 minutos, de Ewerton em que a bola saiu ainda longe.

Sensivelmente a partir dos 20 minutos, o cenário alterou-se. O FC Porto começou a conseguir impor o seu jogo, muito à boleia de Otávio e Uribe.

Acabou por ser dos pés do internacional português que surgiu o primeiro golo, aos 22 minutos. Otávio dominou com o peito, Evanilson devolveu com a barriga e Otávio rematou de primeira para o tento inaugural.

Lembra-se daquele domínio inicial algarvio?

Nunca mais ele voltou.

O FC Porto foi somando boas chances até ao intervalo. Primeiro por Evanilson, aos 34’, com um remate forte à entrada da área, que saiu perto do poste, e, depois, por Taremi que obrigou Nakamura a uma grande defesa (40’).

A vantagem portista havia mesmo de se ampliar logo no arranque da segunda parte.

Taremi – um dos mais lutadores do lado do campeão nacional – ganhou uma bola a Moufi e, dentro da área, passou para Pepê.

O brasileiro picou a bola para o fundo das redes e fez o 0-2, ao minuto 52.

Paulo Sérgio viu-se obrigado a mexer: num primeiro momento, lançou Gonçalo Costa e Klismahn e, depois, Ricardo Matos.

A melhor chance para os algarvios iria mesmo envolver dois dos jogadores recém-entrados. Aos 75 minutos, Gonçalo Costa fez um cruzamento largo, Ricardo Matos rematou e, à boca da baliza, Yago desviou… para a trave.

Um golo teria, por certo, animado o final do encontro.

Ele não existiu e o FC Porto limitou-se a ir controlando as operações até ao apito final – com um penálti revertido pelo VAR pelo meio. 

Num dia que também contou com vitória do líder Benfica, os campeões nacionais mostraram que, mesmo nos dias em que a entrada em jogo não é tão boa, estão aí para lutar pela revalidação do título.