Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, na sala de imprensa do Municipal Engº Branco Teixeira, em Chaves, após a vitória por 4-0 frente ao Desp. Chaves, para a 22ª jornada da Liga.

«Sabíamos que íamos encontrar uma equipa que só perdeu dois jogos em casa e foi no início, pois não perdia desde agosto. Equipa em 6º lugar, com um trajeto no campeonato muito interessante, uma equipa que privilegia a posse, partindo de trás, bem à imagem do Luís [Castro]. Preparámo-nos para o jogo de forma a contrariar isso, como fomos, uma equipa objetiva, vertical, à procura de condicionar o adversário para chegar à frente o mais rapidamente possível, mas com critério. Tivemos mais duas ou três ocasiões para marcar, o Chaves também chegou com perigo uma ou outra vez e na primeira parte houve uma intervenção de José Sá muito interessante ao remate de Matheus Pereira.

«Analisando já a partida, foi importante a colocação de mais um médio ofensivo, em vez de um segundo avançado, como foi o Otávio, que contribuindo para uma boa vitória, e consistente».

[Se mexeu na equipa a pensar na Liga dos Campeões] «Não, não faço isso. Não trabalho a pensar naquilo que dizem e a pensar no jogo a seguir. Na preparação para este jogo achava que era importante a presença de um segundo médio ofensivo. Isso era importante neste jogo e as coisas acabaram por correr bem. Encontrámos muitas vezes o Otávio nas costas dos médios do Chaves. Se fizesse a equipa a pensar no próximo jogo não ganhava este nem o próximo».

«Mais golo menos golo, o importante é ganhar, e já o disse que não me importo nada de ganhar por 1-0. As situações que tivemos justificaram o resultado, mas seria exagerado se tivéssemos marcado mais, pelo jogo que o Chaves também fez. O importante é realçar o jogo consistente que a minha equipa fez e os jogadores estão todos de parabéns».

[Sobre o Chaves ter tido mais posse de bola] «A posse de bola tem muito que se lhe diga. Na primeira parte obrigámos o Chaves a bater bolas, porque somos fortes na aproximação à primeira bola e segunda e sabíamos que isso podia desvirtuar a dinâmica do Chaves. Demos a posse de bola para depois ferir o Chaves em outros momentos do jogo».

[Sobre a prestação de Sérgio Oliveira e as possíveis oportunidades a Gonçalo Paciência] «Não gosto de individualizar. O Sérgio [Oliveira] tem aproveitado as oportunidades e está a fazer aquilo que lhe compete. Tem dado o máximo em prol da equipa. Fico satisfeito, mas mais importante que três ou quatro jogos, que muitos jogadores no mundo são capazes de fazer bem, é dar continuidade ao momento. É limpar o que já passou e pensar que o próximo é decisivo. Todos são e não sabemos qual é o mais decisivo. O Gonçalo não entrou, mas o Marega tem jogado muito e tive de fazer a gestão da equipa, pois o Corona estava com queixas e tive de o tirar. O jogo vai-me dizer aquilo que vai acontecer, e já aconteceu tirar jogadores depois de os meter. O jogo é que me diz o que vou fazer. O Gonçalo vai ter o seu espaço».

[Sobre a possível utilização de Osório frente ao Liverpool] «Todos são importantes. O Otávio fez um bom jogo, a equipa toda o fez. O Soares depois de duas vezes lesionado, quando estava a voltar voltou-se a magoar, e agora está a treinar há algum tempo, a ter o seu espaço, a fazer golos e pouco mais há a dizer. É preciso fazer um reset e prensar no próximo, que é o Liverpool. O Osório tem ritmo competitivo, jogou sempre no Tondela, e com isso não me preocupo. Se tiver que optar pelo Osório será com confiança total, seja contra o Liverpool ou contra qualquer equipa.