Ivo Vieira, treinador do Estoril, em declarações na conferência de imprensa que se seguiu ao empate diante do Feirense, que relega a equipa da linha para a II Liga, seis anos depois de ter subido ao escalão máximo do futebol nacional.

«Hoje, sabíamos tínhamos um adversário que procurava o mesmo que nós. Este é um momento de tristeza no balneário porque ninguém gosta de passar por esta situação. Agora, temos de ser conscientes do que foi a época. Provavelmente [a razão da descida] não está neste jogo. Hoje, a equipa teve um bom comportamento, fez tudo para chegar à vitória contra um opositor competente.»

«Penso que fomos melhores em todas as fases - em termos de posse, de oportunidades, de volume de jogo - e isso foi um reflexo da qualidade que a equipa apresentou ao longo da época, mas pecámos muito na concretização. Isso foi uma mancha no que era o nosso jogo. Hoje, mais uma vez,tivemos duas ou três situações em que podíamos ter marcado e não o fizemos. Ao longo do campeonato nunca fomos uma equipa de marcar muitos golos, embora criássemos situações para isso. Contudo, o que dita os resultados são os golos e nós não conseguimos. »

[sobre o apoio dos adeptos]

«A nossa massa associativa esteve presente aqui em força e merecem uma palavra de apreço porque nunca nos abandonaram. É triste, mas o futebol é isto. Tinha de calhar a alguém, infelizmente, calhou-nos a nós. Dei o meu máximo e os jogadores também para que isto não acontecesse, mas fomos uma das equipas que somou menos pontos e caímos para a II Liga.»

[sobre o futuro]

«Aqueles que têm responsabilidade no clube têm de repensar o futuro e aquilo que pretendem para o clube. O Estoril não pode morrer porque é um clube querido e educado e que dá prazer a quem trabalha nele. Sabemos que será uma realidade diferente e vai depender daquilo que querem aqueles que mandam no clube. Eu sei que os adeptos querem muito esta instituição, mas temos de aguardar para ver o que vai acontecer no clube.»