A FIFA desbloqueou as verbas aprovadas para os jogadores reclamantes no FIFA Fund que estavam bloqueadas há quase um ano. Uma vitória para o departamento jurídico do Sindicato dos Jogadores que liderou este processo e vê, assim, renovado, o apoio aos jogadores com salários em atraso.

Entre os clubes abrangidos estão o União da Madeira, o Cova da Piedade, o Pinhalnovense, a Oliveirense, o CD Aves, o Lusitano, o FC Hermannstadt (Roménia) e o Gaz Metan (Roménia).

O presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista, enaltece o desbloqueio desta situação. «É com enorme satisfação que vemos, finalmente, paga a verba referente a esta quarta ronda do FIFA Fund. Sentimos que imperou o bom-senso, na sequência dos apelos feitos à FIFA para que não utilizasse esta questão como arma de arremesso», destaca o representante dos jogadores em Portugal.

Para o dirigente trata-se, acima de tudo, de uma questão de justiça. «Estamos satisfeitos por ver o mecanismo funcionar e ajudar decisivamente dezenas de jogadores que tanto precisavam. Fruto da articulação entre a equipa jurídica do Sindicato dos Jogadores e a FIFPRO, conseguimos ao longo dos últimos quatro anos apoiar muitos jogadores. Acima de tudo, devolvemos alguma justiça a processos de insolvência que lesaram centenas de jogadores no nosso país», acrescentou.

Recorde-se que o FIFA Fund foi criado por acordo entre a FIFPRO e a FIFA em 2020, com o objetivo de compensar os jogadores que ficaram sem receber salários devido à insolvência ou encerramento da atividade desportiva dos respetivos clubes. No caso de Portugal, o país que recebeu maia apoios, foram 35 os jogadores a candidatarem-se ao quarto período, num montante global de 234 mil euros.