Na corrida para o título, o FC Porto volta a colocar pressão no Benfica. Isola-se à condição na liderança, pelo menos até amanhã, quando os encarnados receberem o Vitória de Setúbal, com a obrigação de vencer para reverter a condição. Após algumas dificuldades sentidas até ao intervalo – aí até já com vantagem - os campeões nacionais não deram depois qualquer hipótese aos algarvios, construindo uma vitória justa. Brahimi regressou ao onze com um golo e Marega e Herrera também marcaram.

Em relação ao jogo em Liverpool para a Liga dos Campeões, Sérgio Conceição efetuou quatro alterações no onze inicial: Maxi Pereira, Felipe, Óliver e Otávio deram os lugares a Manafá, Pepe, Herrera e Brahimi. Se em relação a Felipe já se sabia, por estar castigado, a ausência de Óliver - que nem sequer esteve no banco - foi uma surpresa. Brahimi foi novidade nos eleitos.

No Portimonense, já se sabia que Paulinho não iria jogar devido a acumulação de amarelos e Folha cumpriu o prometido na antevisão ao jogo: não iria alterar a filosofia da sua equipa, que entrou em 4x3x3, desdobrado em 4x4x2 ao ataque, com Dener a surgir nas costas de Jackson Martínez. Disse ainda Folha que não iria só defender e assim foi.

E o Portimonense, no início, até estava a conseguir equilibrar o jogo, mantendo os dragões calmos no assalto à baliza de Ricardo Ferreira, com a bola a circular mais entre as áreas.

Tudo tranquilo até aos 15 minutos, quando um erro de posicionamento defensivo do Portimonense fez mossa: numa transição rápida, Corona colocou em Marega, colocado em jogo por Lucas Possignolo, que não acompanhou a subida da defesa algarvia. O maliano foi até à linha de fundo para cruzar para a entrada da área, onde apareceu Brahimi a rematar para golo.

A intranquilidade que um golo sempre provoca no adversário não se fez sentir no Portimonense, que respondeu bem. Volvidos dois minutos, a primeira de três situações em outros tantos minutos consecutivos, sempre com Lucas Fernandes como protagonista: Casillas chegou primeiro à bola e anulou com os pés. Depois, o espanhol defendeu um livre direto. Por fim, Soares desviou para o ferro e quase fazia autogolo, após um canto do médio brasileiro.

Portimonense-FC Porto, 0-3: a ficha e o filme do jogo

Controlado o ímpeto algarvio, a bola voltou outra vez para zonas centrais do campo e só esporadicamente é que havia situações mais complicadas perto das balizas, mas mais evidentes na de Casillas. Aylton Boa Morte falhou por pouco um remate cruzado e o espanhol defendeu, depois, uma incursão de Tabata junto à linha de fundo. Da parte dos dragões o poder de fogo foi praticamente nulo, sobressaindo uma anormalidade de passes errados.

A segunda metade foi bem diferente e os algarvios não foram tão perigosos como até então. Para tal contribuiu a pressão que o FC Porto exerceu, retirando espaço e ao mesmo tempo com a equipa mais adiantada. E estando mais próxima da baliza de Ricardo Ferreira, surgiram, com naturalidade, mais situações de finalização, com Marega e Soares a falharem boas oportunidades para dilatar a vantagem.

Os destaques do Portimonense-FC Porto

E foi já com Wellington em campo a jogar ao lado de Jackson - numa clara tentativa de Folha dar maior profundidade ofensiva - que os campeões nacionais aumentaram a vantagem, com Alex Telles a lançar a entrada de Marega pela esquerda e o avançado maliano a colocar de forma brilhante a bola no poste mais distante (73’): sem hipótese para Ricardo Ferreira e para gáudio dos inúmeros adeptos azuis no Portimão Estádio.

Até final, Ruster ainda assustou Casillas num remate à entrada da área que levou a bola a passar perto da barra. Por fim, nova festa azul. Herrera, na compensação, desviou após um cabeceamento de Militão defendido por Ricardo Ferreira. Três golos a confirmarem a superioridade portista, vincada após intervalo.