Helton assume que atravessa um momento de indefinição. O guarda-redes, que tem mais um ano de contrato com o FC Porto, tinha remetido para este domingo uma decisão sobre o seu futuro mas diz que a situação continua por esclarecer, pois não sabe se o clube e Nuno Espírito Santo contam com ele.

«Neste momento, a única informação que tenho é que tenho contrato, como vocês sabem. Está marcada para dia 28 a apresentação e vou-me apresentar», começou por dizer, acrescentando: «Tudo aquilo que o Helton precisava de colocar para a direção, o Helton colocou. O Helton neste momento está apenas à espera de uma resposta. Se o mister vai contar ou deixar de contar, o Helton ainda não sabe. Alguns dizem que sim, outros dizem que não.»

O guarda-redes admite que gostava de ter uma definição mais clara nesta altura: «Está complicado, infelizmente. Penso que, com 38 anos, podia já saber isso. Não tive oportunidade de estar com o presidente depois da final da Taça. Infelizmente. Gostaria muito, mas não tive. Telefonar? Seria um abuso da minha parte passar por cima do Acácio (ndr. Valentim), do Sr. Antero (ndr. Henrique), para chegar ao presidente. Não é justo eu tomar essa iniciativa.»

Helton recorda a lesão: «Não tive tantos apoios assim»

«Em momento algum, sobretudo na minha presença, me faltaram ao respeito. Mas realmente esperava neste momento, depois da uma conversa que já tive com alguns, já ter uma resposta mais concreta e não tive. Continuo à espera. Hoje ainda é dia 19...», rematou o brasileiro.

Helton tinha definido após a final da Taça de Portugal este dia 19 de junho como aquele em que iria revelar o seu futuro.

E afinal, qual é a vontade do jogador? «O Hélton sempre gostou de terminar, completar, concretizar e finalizar todos os contratos. A minha vontade é de terminar o meu contrato e ser útil, fazer algo que realmente o FC Porto mereça. Mas se com bons olhos acharem que o Hélton não vai fazer falta, de que não há necessidade sem problema nenhum, vamos sentar e conversar. Não ficarei com mágoa, se isso realmente acontecer, o Hélton não deixará de ser portista, apenas quando morrer.»

«Sinto-me muito bem para não terminar»

O cenário que se coloca nesta altura é a apresentação no FC Porto a 28 de junho, dia do regresso do plantel ao trabalho. Se Helton não tiver espaço no plantel, pondera encerrar a carreira?

«Sinto-me muito bem para não terminar, confesso, embora a tenha a lesão de que tenho de cuidar muito. Se não cuidar, pode complicar. Mas tudo vai depender da conversa que terei. Pensei que já houvesse uma posição concreta. A minha posição é de trabalhar, de completar o contrato. Se tenho contrato até 2017, nem é preciso falar mais», insistiu.

Exercer outras funções no FC Porto é algo que Helton não descarta mas que prefere não abordar nesta altura: «Vou parar para pensar no momento em que eles acharem que têm de conversar comigo sobre isso. Se não acharem, continuarei a pensar como jogador.»

Por fim, o guarda-redes brasileiro foi questionado sobre a existência de convites de outros clubes para prosseguir a carreira. Helton sorriu, sorriu muito e deixou a questão no ar: «O que é que vocês acham?»