Pepa, treinador do Paços Ferreira, na sala de imprensa, após vitória por 2-1 frente ao Gil Vicente:

«Foi uma primeira parte fantástica do Paços de uma equipa muito personalizada, com posse de bola, com paciência na fase de construção. Fomos competentes e eficazes quando chegámos ao último terço. Sem bola, faltou-nos encurtar um pouco nos corredores porque estávamos a permitir alguns lances do um para um. Conseguimos neutralizar e não permitir oportunidades de golo ao Gil Vicente.

Na segunda parte foi diferente, não por querermos segurar o resultado, mas sabíamos que do outro lado estava uma equipa bem organizada, com bons jogadores e um bom treinador e que luta pelos três pontos como se de uma final se tratasse. Nós também, é a imagem da nossa equipa. Fomos controlando as coisas, mas a qualquer momento o Gil Vicente podia fazer golo e acabou por fazer, diga-se merecidamente. Somos uma equipa que quando é preciso vestir o fato macaco, vestimos.

[recorde de cinco vitórias consecutivas] A 5.ª vitória consecutiva é história, é o que fica e está para trás. Olhamos para isso com muito orgulho, mas não temos tempo para pensar nisso. É uma marca que não é fácil de alcançar, enche-nos de orgulho, mas não temos tempo de pensar nisso porque daqui a três dias jogámos com o Tondela. Somos uma equipa que hoje vestiu o fato macaco, que dá gosto, que sabe sofrer, sabe ter bola. O nosso discurso e a nossa mentalidade passa por aí, continuar nesta senda e manter este registo.

[amargo de boca pelo golo sofrido?] Ia ser tão hipócrita ou falso se dissesse que sim. Ninguém gosta de sofrer golos, mas tenho um score de golos positivos e nunca tive isto na vida. Tenho treinado equipas que lutam pela manutenção e é normal o score não ser positivo. Sofremos um golo porque do outro lado está uma boa equipa, bons jogadores, que lutaram pelos pontos até ao fim. Isso era desvalorizar o que o Gil fez. Amargo de boca era se sofresse o golo no livre do último minuto, mas até aí sei que é futebol».