Ricardo Soares, treinador do Gil Vicente, na sala de imprensa, após vitória por 2-0 frente ao Nacional:

«A primeira parte nem sempre foi bem jogada, foi intensa, agressiva no bom sentido, muita luta e muita garra, mas não foi bem jogada. Nós tentámos circular a bola, mas o Nacional tapou-nos muito bem os espaços, principalmente os interiores. Ainda conseguimos sair por fora algumas vezes, mas não com a aceleração devida. Quisemos jogar com o bloco subido e a bola entrou ali duas ou três vezes, causando-nos desconforto.

Ao intervalo corrigimos, sabíamos quais eram os espaços que queríamos ocupar e tenho de enaltecer os jogadores que foram fantásticos. Gostava de enaltecer a tranquilidade existente no clube. É fundamental para nós para desenvolver o trabalho com competência. Há muito trabalho pela frente e sei que vamos sofrer muito, isto vai ser até ao fim.

A minha equipa é intensa do primeiro ao último minuto, não temos oscilações, e sabia que dificilmente o nacional tinha capacidade para aguentar essa pressão o jogo todo. O nosso objetivo era ganhar e entrámos em campo e demos sinal de que queríamos vencer.

[O que disse ao intervalo?] Nós pouco mudamos para a segunda parte, foi só a ocupação de um espaço que não vou dizer aqui. Na primeira parte fizemos uma boa circulação de bola, mas temos de dar mérito ao Nacional que fez uma basculação agressiva. A nossa identidade começa a aparecer porque agora conseguimos treinar. Sabemos que não vamos ganhar sempre, mas quando temos um ADN e um processo de jogo, naturalmente que espero uma evolução forte da equipa.

[duas vitórias consecutivas no campeonato pela primeira vez] Tem boa importância. Primeiro que porque nos acrescenta três pontos e ajuda na evolução da equipa. Um resultado negativo faz desconfiar os jogadores e treinadores. As vitórias trazem confiança a toda a gente e a evolução das equipas é muito superior. Esta vitória é importante pelos três pontos.

[Lucas Mineiro é fundamental na pressão alta que faz?] O Lucas é extremamente importante para o Gil Vicente, pela capacidade individual e por ser um jogador que pensa na equipa. Ficou contente por ter jogadores com esta capacidade de trabalho, com esta resiliência, claro que fico. Tenho um grande grupo e com este grande grupo ficamos mais perto dos objetivos».