Ricardo Soares, treinador do Gil Vicente, na sala de imprensa, após igualdade (0-0) frente ao Farense:

«É um ponto importante, queríamos ganhar, mas encontrámos uma equipa muito agressiva, muito forte no duelo, o que dificultou principalmente na segunda parte.

Fizemos uma boa primeira parte, tivemos algumas oportunidades de golo e podíamos ter ido para intervalo a vencer por um ou dois. Isso não aconteceu, mas jogamos bem.

Na segunda parte o jogo estava equilibrado, mas não foi tão bem jogado. As duas equipas caíram fisicamente e o jogo, a dada altura, ficou perigoso. Em suma, o resultado é justo.

[O Gil Vicente fica a cinco pontos da descida direta] Quando fomos a jogo não pensamos nisso. Nos últimos jogos fizemos grandes exibições, com resultados enganadores e era fundamental quebrar esta espiral negativa de derrotas. Os objetivos fazem-se de pontos. Na primeira parte tentámos subir as linhas, para evitar que o Farense tivesse próximo da nossa área. Na segunda parte tivemos de ser inteligentes por que vínhamos de um jogo em que tivemos tudo para vencer e perdemos. Isso é frustrante e o futebol faz-se de pontos.

[saída de Pedro Marques condicionou?] O Pedro Marques dá-nos um conjunto de coisas fantásticas. É um jogador que interpreta muito bem o nosso modelo de jogo e a nossa ideia de jogo coletiva. É um facto que, depois da saída dele, perdemos alguma capacidade ofensiva. O Samuel tem características diferentes, não é tão forte no duelo. Mesmo assim podíamos ter passado para a frente, mas é como digo, se calhar também era injusto para o Farense».