Declarações do treinador do Gil Vicente, Ricardo Soares, à SportTV, após a derrota caseira por 2-1 ante o Sporting, em jogo da 18.ª jornada da I Liga:

«Fizemos uma excelente primeira parte, sabíamos que o Sporting é uma equipa que faz muito bem o apoio para atacar a profundidade. Jogámos altos, mas com critério, a não tirar profundidade. Sempre que recuperávamos a bola, sabíamos que se combatêssemos a profundidade, o Sporting ia tentar ligar por dentro, nós diminuíamos o espaço entrelinhas. Conquistámos bolas, saímos para contra-ataque, numa delas fizemos golo, podíamos ter feito mais.»

«Na segunda parte, penso que faltou alguma frescura física. Em 13 dias, é o quinto jogo que o Gil Vicente faz. Penso que isso foi determinante para o jogo, mais a qualidade do Sporting, principalmente nas bolas paradas. Criaram-nos muitos problemas.»

«Nós não baixámos por estratégia. Por duas coisas: primeiro, pela qualidade do Sporting. Com as entradas do João Mário e do Daniel Bragança, fez uma circulação de bola mais rápida e fluída. O nosso relvado é fantástico e com essa chuva permitiu circulação de bola. Na nossa capacidade de pressão, começa a faltar os tempos, fruto de alguma falta de frescura física e é como digo. Tivemos de vir para trás, porque o Sporting teve mérito e fez uma circulação forte por fora, ganhou bolas paradas, faltas esquisitas, cantos e acabaram por vencer.»

«Obviamente que se tivesse o [Ygor] Nogueira, era o Nogueira que jogava. Nós não tínhamos centrais, eu entendia que devíamos fechar a largura do Sporting. E temos o Diogo, que vem de lesão e está a recuperar e o Nogueira castigado. Não tinha centrais de raiz, mas conheço bem os jogadores, sabia que o Talocha ia dar garantias, pena foi que não tivéssemos levado pontos. Pela forma como lutaram e pela qualidade, principalmente na primeira parte, penso que merecíamos mais.»