A diretora executiva da Liga, Sónia Carneiro, afirmou esta quarta-feira que o organismo que rege o futebol profissional em Portugal vai apresentar, «na segunda volta desta época», um «estudo» para possíveis alterações nos horários dos jogos das competições, em particular a I Liga, para 2020/2021.
«A Liga, juntamente com a SportTV [operadora] e com uma entidade externa, fez um estudo relativamente aos horários. Já na segunda volta desta época vamos ter algumas novidades. Vamos fazer a apresentação desse estudo para levar a regulamento no próximo ano, para alguma alteração de horários. Não estou a dizer se para mais tarde ou mais cedo, estamos a estudar o tema», afirmou a dirigente, à margem do World Scouting Congress, que decorre esta quarta-feira, no Porto.
Apesar de salientar que é importante «ter adeptos no estádio», Sónia Carneiro deu igualmente o outro lado do negócio. «Também temos que ter telespetadores. O dinheiro da televisão é muito importante para os clubes. Havemos de acrescentar algumas novidades relativamente a isso», referiu.
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Sónia Carneiro garantiu, ainda, que nenhum dos dez jogadores identificados em «situação documental irregular» pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) é das ligas profissionais e deu, no congresso, o exemplo de Itália quanto às cargas fiscais aplicadas a futebolistas.
«Qualquer jogador estrangeiro que vá para Itália tem menos de um terço dos impostos do que em Espanha ou Portugal. O nosso maior talento foi para lá e não terá sido por acaso», afirmou, referindo-se indiretamente a Cristiano Ronaldo e completando já no exterior, aos jornalistas. «Neste momento, a carga fiscal para os jogadores é manifestamente inferior [em Itália] àquilo que é em Espanha e Portugal, o que permite reter e angariar talento para a liga italiana. Se conseguirmos convencer os nossos governantes a tomarem algumas medidas do ponto de vista fiscal para ajudar a reter este talento, é importante».