O Sporting de Braga é o segundo clube de futebol em Portugal na formação, só atrás do Benfica, na opinião de Hugo, diretor executivo responsável por essa área nos minhotos.

«Com toda a honestidade, e porque conheço todas as realidades a nível nacional e algumas internacionais, por aquilo que o Sporting de Braga tem feito, o que temos à disposição em termos de infraestruturas e de recursos humanos, o Sporting de Braga é, neste momento, o segundo clube em Portugal [na formação]», afirmou o dirigente em videoconferência com a comunicação social.

«O Benfica lidera neste momento a formação. Vivemos com objetividade e, neste momento, é o clube com melhores condições em Portugal», acrescentou. 

Hugo aproveitou para reforçar que a aposta dos bracarenses na formação existe «por convição» e que a intenção é criar uma base alargada de jogadores de qualidade contratados cada vez mais cedo.

«Temos investido fortemente no scouting para termos a tal base maior e mais forte, mas a nossa estratégia é só a pensar em nós. Há quem pense em contratar o máximo de miúdos possível para secarem o que está à volta, mas nós optamos por contratar só os que precisamos», referiu. 

Embora o trabalho feito na base, antigo jogador, que além de ter representado o Sp. Braga, jogou na Sampdoria, Sporting, V. Setúbal e Beira-Mar, defendeu a necessidade de as portas da equipa principal estarem abertas para quem sai da Academia do clube.

«Porque podemos fazer um ótimo trabalho desde os petizes até à equipa B, mas depois, se as portas não estiverem abertas, não faria sentido algum, mas isso não tem acontecido», argumentou. 

O diretor executivo da formação do Sp. Braga referiu ainda ser «um orgulho imenso para toda a estrutura ver os 'Trincões' da vida singrarem e seguirem o seu caminho: os campeonatos serão bem-vindos, mas essas são as nossas grandes vitórias», em alusão à transferência de Francisco Trincão para o Barcelona.

Hugo considerou a decisão da FPF em terminar todos os campeonatos de formação devido à pandemia da Covid-19 «sensata» e disse que o foco passa por fazer com que os jogadores «percam o menos possível sem nunca pôr em causa a saúde de ninguém». 

Por último, o ex-defesa abordou a situação vivida em Itália, país onde morou durante três anos quando representou a Sampdoria. 

«É uma situação que me preocupa. As pessoas transmitem-me que estão a viver um cenário de guerra. Tenho um amigo em Bergamo, um dos sítios mais fustigados, e ele só me diz que espera que nós não passemos o que eles estão a passar,», concluiu.