Bryan Cristante, um dos últimos reforços a chegar ao Benfica no último defeso, revela que tem Andrea Pirlo como grande referência e explica porque é que escolheu o clube da Luz, numa entrevista ao site oficial da federação italiana, numa altura em que está integrado na seleção de sub-20 da «squadra azzurra».

Uma entrevista num tom informal em que o jogador começa por explicar a origem do seu primeiro nome e acaba a falar da maldição de Bella Guttman.

Começamos pelo nome Bryan, um nome pouco comum em Itália. «Foi uma escolha dos meus pais, acho que sem nenhuma motivação particular. O meu pai nasceu no Canadá e viveu lá, eu tenho dupla nacionalidade no passaporte, e eles decidiram dar-me este nome», começa por explicar.

O médio de dezanove anos fala depois de momentos marcantes da sua carreira, como a estreia na Liga dos Campeões pelo Milan, em 2011, frente aos checos do Viktoria Plzen, quando tinha apenas dezasseis anos. «Foi uma grande experiência para mim, foi o início de uma nova fase, a minha primeira presença na equipa principal. Tinha dezasseis anos e nem me apercebi que tinha jogado na Champions, mas foi importante tê-lo feito numa equipa como o Milan. A partir daí cresci e agora estou aqui [seleção de sub-20]», comentou.

Milan: «Vontade de Cristante teve peso na decisão»

No ano passado, deu mais um passo na sua carreira ao estrear-se também na Série A num jogo frente ao Chievo. «A estreia na Champions foi uma espécie de prémio num jogo que não tinha importância para as contas do clube e o treinador aproveitou para me dar esse presente. Mas quando me estreei no campeonato, já estava na equipa principal, já estava a treinar com eles desde o início do ano e, por isso, foi mais importante. Estava mais consciente», destacou.

Com apenas dezanove anos, Cristante já sentiu o peso das camisolas de dois históricos como o Milan e o Benfica. «Tenho de ter noção que são equipas que estão habituadas a ganhar taças e campeonatos, mas não posso dar muito peso a esse aspeto, tenho de me manter calmo e livre para jogar», referiu.

Quanto a referências, Cristante começa por dizer que nunca teve um ídolo no futebol, mas está atento ao que fazem os craques que jogam na sua posição. Tenho observado os grandes campeões e tento tirar algo de cada um deles, mas não tenho apenas um como referência. Na seleção escolheria Pirlo, sem dúvida, um dos melhores médios do Mundo», comentou.

Cristante procura ainda o seu melhor lugar no campo, sendo apontado como um 6, mas também como um 8. «Sinto-me confortável nas duas posições, para mim não há uma grande diferença. Depende das características de cada jogador, na minha maneira de jogar, não muda muito», referiu ainda.

Já a fechar a entrevista, Cristante explica porque é que decidiu aceitar a proposta do Benfica quando todos lhe apontavam um futuro promissor no Milan. «Eles queriam-me e para mim foi uma ótima solução. É uma equipa com muita história, joga na Liga dos Campeões e em Portugal fica sempre entre os três primeiros», contou. Quanto ao número da camisola. «Escolhi o 24 porque era o mesmo que usava no Milan. Estava livre e pude ficar com ele», acrescentou.

A entrevista já tinha acabado e Cristante já estava de pé quando o jornalista se lembrou da maldição.de Bela Guttmann que voltou a ter impacto mediático no final da última época quando o Benfica perdeu a final da Liga Europa. O médio riu-se e garantiu que não se sente pressionado por jogar na Liga dos Campeões e muito menos com maldições.

[artigo original: 18h54]