Apesar do registo 100 por cento vitorioso em jogos para o campeonato e da aproximação ao líder FC Porto, o Benfica ainda tem margem de crescimento.

É pelo menos esta a convicção de Bruno Lage. «Temos de crescer no outro lado, que é ter mais bola. Se tivermos mais, vamos ter de defender menos tempo e vamos estar mais preparados», afirmou o treinador do Benfica, questionado a respeito da elevada carga competitiva e do possível desgaste inerente à atual forma de jogar da equipa encarnada.

Desde que Bruno Lage substituiu, há cerca de um mês, Rui Vitória no comando técnico, as variações de peças no onze tem sido poucas (por vezes inexistentes) jogo após jogo. Chegou a altura de mudar esse cenário?

«Eu evito sempe as perguntas do 'se' e do 'quando'. Temos de viver o dia a dia e a avaliação tem de ser: 'Quem está disponível para jogar amanhã?' Hoje [sábado] e amanhã vamos ter tempo para isso e a seguir vamos ter mais quatro dias para preparar o próximo jogo. Essa tem de ser a nossa visão», disse.

«O que me deixa satisfeito é que está toda a gente dedicada e empenhada, a pensar mais no 'nós' e no 'eu' e isso deixa-nos muito satisfeitos», rematou.

Lage afirmou também que ainda não conhece integralmente todos os jogadores. «Ainda nem todos tiveram a oportunidade de jogar. (...) Outra coisa que é muito importante é a ligação entre eles, o que vale um jogador a jogar à esquerda ou à direita, a médio com um colega ou com outro? O que valem os defesas a jogarem de uma determinada maneira ou não? (...) O que os laterais valem a jogar com um ala que joga mais fora ou outro dentro? Este é o caminho que os treinadores fazem para construir uma equipa. O que senti foi uma dinâmica muito boa. Vou dividir um bocadinho este primeiro mês numa primeira fase com os quatro primeiros jogos, em que não tivemos praticamente tempo para treinar e outra em que depois do jogo com o FC Porto tivemos uma semana para treinar», concluiu.