Figura: Joel Tagueu

Encostado à esquerda, o avançado perde o que tem de melhor: golo. Por isso, foi comum vê-lo constantemente próximo de Alipour e da baliza contrária. O camaronês foi o autor da única oportunidade de golo da primeira parte e voltou a obrigar Léo a defesa apertada no início da segunda metade. Joel não marcou, mas foi decisivo ao assistir Alipour para o golo que resolveu o jogo. Um gesto altruísta que pode muito bem ser decisivo para «salvar» o Marítimo.


Momento: classe de Pelágio, altruísmo de Joel e golo de Alipour, minuto 63

A jogada começa nos pés de Amir que tentou servir Joel. Cannon cortou e deixou a bola nos pés de Fábio China. O lateral-esquerdo conduziu, pareceu atrapalhar-se com a bola, mas conseguiu deixá-la em Pelágio que picou para Joel. Com Léo Jardim pela frente, o avançado assistiu Alipour que marcou num pontapé à meia-volta.


Outros destaques:


Rafik: o gaulês foi o único a ter laivos de génio. O internacional sub-19 francês não engana: tem qualidade. Basta vê-lo a conduzir a bola de cabeça levantada, sempre à procura do «passe de morte» para um colega. Esteve perto de conseguir isolar Alipour, mas Rami evitou com um corte de carrinho. Rafik está ligado à melhor oportunidade de golo do Marítimo na primeira parte ao recuperar em zona adiantada sobre Sauer. Caiu de produção com o decorrer dos minutos.

Léo Jardim: uma vez mais, o guarda-redes foi o melhor elemento da pantera. O brasileiro exibiu-se a um bom nível sempre que teve de intervir, assinando duas belas defesas a remates de Joel Tagueu. Isento de culpas no golo sofrido, Léo esteve seguríssimo em praticamente todas as ações.

Pelágio: não é um portento de técnica, mas joga com inteligência e isso destaca-o dos restantes. O médio compensou erros ao nível da receção e do passe com uma entrega fora do normal, fartando-se de recuperar bolas.Num dos raros momentos em que conseguiu executar na perfeição o que pensou, Pelágio isolou Joel e este ofereceu o golo a Alipour.