Figura: Pizzi
Depois de uma primeira parte algo discreta, Pizzi mostrou-se em todo o seu esplendor no segundo tempo. Parece que ao intervalo tirou as duas mãos dos bolsos e carregou o Benfica até um resultado de dez dedos: marcou um golo de penálti, a castigar falta sobre ele próprio, e fez quatro assistências em lances de bola parada (ou três e meia, pronto, já que numa há um toque adversário na bola).

Positivo: Seferovic
O Benfica encheu o jogo de excelentes exibições individuais, mas, e sobretudo pela influência que teve no jogo, Seferovic merece um dos maiores destaques. Logo aos trinta e poucos segundos assistiu Grimaldo de calcanhar para o primeiro golo, depois disso fez ele próprio o segundo e o terceiro, entre várias outras jogadas de classe, sendo que numa delas ficou perto de voltar a marcar.

Negativo: dez golos, Nacional
No fim havia jogadores a chorar, o que diz tudo sobre o desastre que tornou o Nacional uma vítima de atropelo. Há, de resto, muito pouco a dizer de verdadeiramente interessante depois de se sofrer dez golos: a equipa teve sempre um mau posicionamento, defendeu mal, cometeu demasiado erros. Durante a primeira parte ainda evitou a suprema humilhação, mas era uma questão de tempo.

OUTROS DESTAQUES:

João Félix
O miúdo está a tornar-se um caso sério, e parece não acusar a pressão. Desta vez fez uma assistência e um golo. A assistência foi deliciosa: sem olhar, recebeu de Gabriel e isolou Seferovic na cara do guarda-redes. Já na segunda parte, aproveitou uma bola perdida para cabecear para golo.

Gabriel
Merecia um destaque maior, porque encheu o campo, mas a verdade é que Seferovic e João Félix tiveram maior influência no resultado. Para além disso, Gabriel esteve na origem dos dois primeiros golos, recuperou bolas, fez passes de trinta metros, apoiou o ataque e rematou a ameaçar o golo.

Jonas
Regressou aos relvados depois de mais de um mês de ausência, ele que foi pela primeira vez opção para Bruno Lage, jogando pouco mais de quinze minutos. Ainda não tem o ritmo de jogo necessário para ser titular, é verdade, mas mesmo assim fez dois golos. O que diz tudo, no fundo.

Ruben Dias e Ferro
A dupla de centrais formada no Seixal teve um jogo relativamente tranquilo defensivamente, o que lhes deu tempo e espaço para irem ao ataque brilhar: cada um deles marcou um golo, na sequência de bolas paradas, sendo ambos muito festejados. Para Ferro, na estreia a titular, terá sido um marco.