O FC Porto regressou aos triunfos graças a um golo solitário de Evanilson (42m) na receção ao Gil Vicente. Após duas derrotas – Marítimo e Manchester City – e um empate no clássico frente ao Sporting, os campeões nacionais voltaram a sorrir com a conquista de três pontos sofridos no Dragão.

O Gil Vicente merece aplausos para a ousadia demonstrada na cidade do Porto, perante um adversário que se apresentou com quatro novidades no onze (Manafá, Nakajima, Evanilson e Toni Martínez) e em regime de part-time.

O campeão justificou o estatuto entre os 29 e os 74 minutos, tempo apenas suficiente para garantir uma vantagem mínima e conservar o segundo lugar, em igualdade pontual com o Sporting e a dois pontos, à condição, do líder Benfica.

FICHA DE JOGO

Não queremos maçar os leitores com a descrição pormenorizada de 29 minutos francamente maus do FC Porto, sem motivos de interesse, restando apenas o forte elogio para a estratégia do Gil Vicente, com processos assimilados e sinais de ambição no Estádio do Dragão. Já perto da meia-hora, a equipa de Rui Almeida teve aliás uma grande oportunidade para inaugurar o marcador, num contra-ataque de quatro contra dois, mas Samuel Lino deslumbrou-se e não conseguiu enganar Pepe.

Por esta altura, Sérgio Conceição já corrigira o principal erro do FC Porto. O 3x5x2 não funcionou, pura e simplesmente, acrescentando dificuldades a um punhado de jogadores sem conhecimento mútuo. Ao minuto 25, Manafá trocou de flanco e fechou a defesa a quatro, libertando Jesús Corona para atacar no flanco contrário. Naturalmente, os campeões nacionais cresceram.

Foi Tecatito Corona, precisamente, a espalhar magia pela esquerda antes de Toni Martínez cabecear para defesa de Denis. Depois, Manafá. Logo a seguir, Evanilson à trave. Adivinha-se o golo e ele chegaria num bom lance pelo flanco canhoto, com Zaidu a tabelar com Corona antes de servir Nakajima na área. O internacional japonês serviu Evanilson para a estreia a marcar do avançado de 21 anos.

Sérgio Conceição completou a mudança estratégia com a troca de Toni Martínez por Romário Baró ao intervalo. Mais confortáveis, em 4x2x3x1, os dragões cresceram e avançaram para um período de grande sufoco sobre o adversário. Entre várias oportunidades criadas até ao minuto 70, destaque para uma grande defesa de Denis num penálti cobrado por Matheus Uribe.

O Gil Vicente resistiu estoicamente, manteve-se na discussão do jogo e beneficiou da superioridade numérica no último quarto de hora (expulsão de Zaidu por acumulação de cartolinas amarelas) para ensaiar algumas ameaças à baliza de Marchesín. A equipa de Barcelos procurou o prémio pela exibição desinibida no Estádio do Dragão mas o FC Porto soube gerir a margem mínima até ao apito final.