O Portimonense marcou passo na luta pela manutenção e voltou a perder e com uma exibição preocupante para os seus responsáveis e adeptos. A equipa está doente, sem alegria e sem soluções. O Tondela soube controlar o jogo, e acabou por conquistar uma importante vitória, a quinta fora de casa. Refira-se, que os beirões já conquistaram 17 pontos como visitantes, para alegria da meia centena de adeptos da sua claque ‘Febre Amarela’.

Duas equipas traumatizadas pelos últimos resultados e classificação, mas neste caso, mais os algarvios, apresentaram-se no Portimão Estádio com duas alterações nos onzes iniciais.

No Portimonense, no segundo jogo de Bruno Lopes como treinador da equipa principal, os colombianos Jackson Martinez e Marlos Moreno ficaram no banco de suplentes, entrando para os seus lugares os brasileiros Fernando e Luquinha, tendo como referência a derrota contra o Belenenses. Bruno Lopes esquematizou a sua equipa em 4x2x3x1, com Dener como o elemento mais avançado.

No Tondela, Natxo Gonzalez, treinador do Tondela, também só mudou dois em relação à derrota sofrida na última jornada em casa, com o V. Setúbal: Bruno Wilson, que nesta janela de mercado regressou a Braga, e Ricardo Alves, suplente, cederam o lugar a Phillipe Sampaio e João Pedro. O treinador espanhol colocou a sua equipa em 4x3x3, com as dinâmicas ofensivas a puxarem João Pedro para segundo avançado, atrás de Strkalj.

Com os pontos a serem cada vez mais importantes, faltou mais audácia às duas equipas, que preferiram tentar errar o menos possível do que tentar procurá-los (os pontos) com convicção. Nessa expectativa de ver quem errava mais (ou primeiro) poderia estar a chave do jogo, ou algum momento importante. No caso, foi o Portimonense a errar e isso foi letal para a decisão do jogo.

A fava saiu a Ricardo Ferreira que na sequência de um canto deixou escapar a bola - ao chocar com Lucas Possignolo - para os pés de Phillipe Sampaio, que só teve que encostar para dentro da baliza.

A jogar sobre brasas diante de um adversário direto na luta pela manutenção - em caso de vitória os beirões ficavam a três pontos dos algarvios - o Portimonense não conseguiu colocar em perigo a baliza de Cláudio Ramos. A equipa da casa falhou muitos passes, teve falta de progressão no terreno e apenas numa ocasião conseguiu uma chance para rematar com perigo, através de Luquinha e num ressalto na área, mas a bola passou por cima.

Mais tranquilo, o Tondela tinha o jogo completamente controlado, errando menos passes que os algarvios, com mais posse e melhor circulação de bola, embora também à distância da baliza.

O resultado convinha e os algarvios, inofensivos, permitiam gerir o ritmo e o tempo, arrastando-se o jogo para intervalo com a equipa de Natxo González até mais perto do golo. Num cabeceamento de Jonathan Toro, aos 40 minutos, que levou a bola a passar perto do poste direito da baliza de Ricardo Ferreira.

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Para tentar inverter o rumo, Bruno Lopes lançou Jackson Martinez e Anderson Oliveira no reinício do jogo e as substituições modificaram o Portimonense para melhor: a equipa algarvia, conseguiu, finalmente, aproximar-se da baliza adversária, com mais unidades ofensivas na área - Dener atrás de Jackson Martinez e Anderson Oliveira a dar a profundidade ao flanco direito, que Luquinha não deu. As diagonais de Aylton Boa Morte, da esquerda para o centro, também ajudaram a criar um élan positivo no ataque algarvio.

Depois de Dener ter falhado boa oportunidade de cabeça, Bruno Lopes reforçou essa nova dinâmica dos algarvios com a entrada de Marlos e retirando Fernando, que recuara para lateral esquerdo aquando da saída de Henrique, mas sem conseguir construir grandes oportunidades de golo.

No jogo tático dos treinadores, nos últimos minutos e para tentar evitar a derrota, Bruno Lopes mandou o central Jadson para a frente, ao lado de Jackson Martinez, respondendo Natxo com a entrada de Ricardo Alves, com o Tondela a terminar o jogo com três centrais. Ricardo Alves, nos descontos viria a ser decisivo, com dois cortes que impediram a finalização algarvia, segurando uma importante vitória dos beirões, que cavaram assim um fosso de nove pontos em relação aos algarvios e à linha de água.

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