FIGURA: Pedro Gonçalves

Grande jogo do número 28 do Famalicão, a assumir idênticas funções na saída de bola do Boavista, tal como Fábio Martins, mediante a variação de flanco na circulação de bola adversária. Esteve nas várias rápidas saídas da equipa, que desequilibraram os locais. O golo esteve mesmo perto ao minuto 36, não fosse Helton Leite levar a melhor. Contudo, seria decisivo no golo da vitória, ao assistir Toni Martinez. É de reforçar: jogo enorme do médio. Só não fechou em beleza porque falhou o chapéu a Helton, na compensação.

MOMENTO: 23 segundos para a expulsão mais rápida da Liga

O Boavista-Famalicão fica indubitavelmente marcado pela expulsão de Rafael Defendi, que saiu de jogo após uma falta aos 23 segundos (!) sobre Paulinho. Assim entendeu o árbitro Rui Costa, após o brasileiro dos axadrezados ter tocado primeiro na bola, levando por consequência um contacto de Defendi, quando se isolara no seguimento de um cabeceamento atrasado e arriscado de Alex Centelles. Expulsão mais rápida da Liga em 2019/2020, a superar os 41 segundos de Tapsoba no FC Porto-V. Guimarães. Mais decisivo só, depois, o golo de Toni Martínez.

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OUTROS DESTAQUES

Fábio Martins: exibição audaz e de grande vontade do extremo do Famalicão, um dos grandes homens que proporcionou perigo à baliza de Helton Leite. O azar madrugador da equipa fez o número 11 dar mais de si, sobretudo na missão de tapar espaços à saída de bola do Boavista. Por outro lado, foi dos seus pés e da sua cabeça que saíram grandes ocasiões de golo: depois de um chapéu mal concretizado, um cabeceamento com selo de festejo só foi negado por um voo soberbo de Helton.

Helton Leite: só incapaz de deter o golo de Martínez. Viu o seu compatriota e colega de posição Rafael Defendi mal começar o jogo, mas mesmo com o Boavista em superioridade numérica, foi quem mais teve trabalho na baliza. E brilhou, sobretudo na primeira parte: fechou o ângulo a um remate de Pedro Gonçalves e voou por duas vezes no mesmo lance, negando o golo a Fábio Martins. No fim, também adivinhou o chapéu de Pedro Gonçalves. Não fosse a sua exibição e, talvez, o Boavista teria sido mais penalizado.

Toni Martínez: saltou do banco para decidir um jogo de emoções fortes, num contra-ataque letal com um remate calibrado, dez minutos após ter entrado em campo.

Heriberto: perigoso e mexido nos flancos do ataque do Boavista, dispôs da melhor ocasião da equipa, ainda na primeira parte, ao ver negado um remate em chapéu por Vaná. Deixou constantemente em sentido Alex Centelles.

Diogo Gonçalves: cedo teve de recuar para assumir a função de lateral-direito e cumpriu com grande responsabilidade e sentido de missão. Poucas vezes foi enganado por Paulinho e teve energia quase até final para correr atrás da bola a defender e com ela nas saídas para o ataque. Pulmão total.