FIGURA: Fransérgio

Grande jogo do número 27 do Sp. Braga. Encheu o campo, jogou e fez jogar a equipa desde o início. No final, ainda teve pernas para galgar metros e ganhar tempo longe da baliza de Matheus nos últimos lances para confirmar o triunfo, com calma e classe. Sempre. Adiantou a equipa no marcador e conseguiu, desde cedo, ser um dos elos de ligação do Sp. Braga, visível e realmente confortável na primeira meia hora de jogo. Atraiu oponentes diretos que permitiram aos minhotos circular e sair pelas alas por Sequeira e Ricardo Esgaio. Mostrou sentido de marcação e qualidade de passe de sublinhar em praticamente todo o jogo.

MOMENTO: Paulinho volta a dar três pontos ao Sp. Braga (75m)

Depois de ter assinado um bis na reviravolta ante o Tondela, Paulinho voltou a ser figura da equipa de Rúben Amorim, ao assinar o golo da vitória no Dragão. A canto de Sequeira, o número 20 dos arsenalistas fugiu à marcação de Mbemba na pequena área e apareceu junto ao primeiro poste para desviar num gesto de verdadeiro avançado. Alex Telles já foi tarde para compensar e a vantagem não mais fugiu aos minhotos.

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OUTROS DESTAQUES

Otávio: garra e poder a comandar o meio campo do FC Porto, quando a equipa parecia mais perdida: após o primeiro golo sofrido, entre as grandes penalidades falhadas e na busca do empate que até surgiria por Tiquinho Soares. Ganha o lance do penálti que o avançado falhou e foi constante e aguerrido a nível exibicional. Não deu uma bola por perdida.

Paulinho: relativamente discreto no ataque do Sp. Braga, apareceu de forma letal para dar os três pontos à equipa de Rúben Amorim. Lançado por Ricardo Horta, viu negado o golo por Mbemba mas, no seguimento, fugiu à marcação do congolês após o canto. Num gesto artístico e eficaz, quase de costas para a baliza, desviou de cabeça ao primeiro poste, fazendo a bola entrar ao segundo. Decisivo novamente, após a reviravolta ante o Tondela.

Marcano: sobressaiu pela exibição assinada na primeira parte, ao chefiar a defensiva do FC Porto e, ao mesmo tempo, batalhando nos lances de bola parada em busca do golo. Há um lance curioso e ilustrativo da raça impressa nesse período, quando arrancou para compensar uma investida pelo lado esquerdo, fazendo quase de lateral na vez de Alex Telles. Bem no sentido de antecipação. A regularidade manteve-se no segundo tempo, ainda que de forma menos vincada.

Matheus: só batido no golo de Soares, deu serenidade à equipa na saída de bola. Foi também crucial ao defender, entre eficácia e algum instinto, o penálti de Alex Telles com um pé. Intervenção decisiva no marcador final.

Manafá: rubricou uma das melhores exibições pelos azuis e brancos. Potência, superação defensiva para encarar Trincão primeiro e Galeno depois. Correu chegar primeiro à bola, deu tudo à equipa para anular as investidas minhotas. Um bom exemplo é o impressionante sprint a anular Wilson após um canto favorável aos dragões que dava contra-ataque ao Sp. Braga. Prova dada a Conceição, pese a derrota.

Palhinho: foi, à semelhança de Fransérgio, um pêndulo a meio campo, desde a calma na posse de bola ao lançamento dos ataques da equipa.

Tiquinho Soares: dez golos em dez jogos consecutivos. Estava no sítio certo para desviar o passe de Marega e empatar o jogo a uma bola, redimindo-se da grande penalidade que atirou ao poste.