No reatamento do campeonato, após a pausa para os compromissos internacionais, o Portimonense foi à Madeira golear o Nacional, dando um passo assertivo na busca pela manutenção. Do outro lado, não foi feliz o jogo de estreia de Manuel Machado, no regresso ao banco dos madeirenses, que ficam ainda mais aflitos.

Dando início à sua quarta passagem pelo clube alvinegro, Manuel Machado promoveu uma série de alterações no onze inicial, dando azo também a um estilo de jogo bem distinto. A primeira ocasião surgiu para a equipa visitante, aos 14 minutos, quando Beto rematou contra o corpo de Rui Correia, fazendo a bola a descrever um arco na direção na baliza, e obrigando Piscitelli a mostrar-se atento.

Depois de um início morno, embora com ligeiro ascendente da equipa portimonense, o aproximar dos 20 minutos de jogo trouxe alguns momentos de aflição para a defensiva do Nacional.

A equipa madeirense apresentava-se com uma estratégia bem diferente da que era habitual com Luís Freire, baseando-se num jogo mais vertical e menos apoiado, dando mais liberdade ao adversário. Aos 26 minutos, numa das primeiras oportunidades para os insulares, João Vigário bateu um livre contra a barreira, beneficiando de um pontapé de canto depois de a bola não ter saído muito longe da baliza.

Mas foi sem grande surpresa que, aos 33 minutos, Beto apareceu na cara de Piscitelli para fazer o primeiro golo, numa jogada em que a defesa alvinegra ficou a ver jogar, deixando Moufi com espaço para cruzar de trivela.

Não ficou por aí a equipa de Paulo Sérgio, e aos 44 minutos, quase chegava o segundo golo do Portimonense, mas Luquinha rematou à figura de Riccardo Piscitelli. No minuto seguinte, porém, o médio brasileiro não desperdiçou, e depois de conduzir a bola até à grande área, confundiu toda a defensiva do Nacional, antes de colocar, em jeito, a bola no poste mais distante, e deixando o guarda-redes italiano preso à relva.

Logo a abrir a segunda parte, uma perda de bola de Nuno Borges quase dava o terceiro golo aos homens de Portimão, mas o remate de Anderson Oliveira passou ao lado por escassos centímetros, e Boa Morte chegou tarde para a emenda. Na resposta, o Nacional ganhou um livre, batido por Vigário contra a barreira, antes de um segundo remate ter passado não muito longe da baliza, ainda desviado por um defesa.

Aos 54 minutos, numa jogada rápida dos algarvios, Moufi colocou a bola em Beto, que atirou na direção da baliza do Nacional, aproveitando mais um momento de passividade dos insulares. Dois minutos volvidos, a equipa de Paulo Sérgio continuava sem tirar o pé do acelerador e o quarto golo esteve à vista, numa jogada em que Beto serviu Aylton Boa Morte, valendo uma boa defesa de Piscitelli.

Aos 63 minutos, a equipa de Portimão dispôs de um livre bem chegado à grande área, e coube ao recém-entrado Fali Candé a tarefa de cobrar o lance. Da primeira vez que tocou na bola, o avançado aumentou a vantagem para o Portimonense, atirando rasteiro para bem junto ao poste mais distante.
Na resposta, Gorré rematou à baliza de Samuel Portugal, mas o guarda-redes dos algarvios desviou para canto. Foi uma espécie de ensaio para o tento de honra, que apareceu aos 68 minutos. Rochéz, também ele acabado de entrar, e logo da primeira vez em que tocou no esférico, reduziu para a equipa da casa, com um remate que ainda foi desviado após bater em Willyan.

A toada não mudou muito, contudo, e o quinto golo esteve à vista num par de ocasiões, a mais evidente aos 74 minutos, quando Aylton lançou Beto com um belo passe a aproveitar a desmarcação, antes do avançado servir Luquinha, que atirou rasteiro, para encontrar a mancha de Piscitelli.

Mesmo assim, os homens da casa começavam a aproximar-se mais da baliza, beneficiando sobretudo da entrada de Rochéz, que foi assumindo a função de referência atacante. Nos contra-ataques, porém, era muito perigoso o Portimonense.

O ponto de exclamação foi o quinto golo para os algarvios, já nos descontos. Um belo passe de rotura de Poha deixou Fabrício em boa posição para bater o guardião do Nacional e deixar o resultado no 5-1 que se manteve até ao apito final.