Paulo Sérgio tem apenas uma semana como treinador do Portimonense, mas foi o suficiente para verificar melhorias na equipa algarvia: jogadores mais juntos e progressão feita com segurança, privilegiando os passes curtos. Foi um Portimonense diferente para melhor, mas com alguma passividade defensiva, que custou caro. Este sábado, ante o Moreirense, isso ficou refletido no golo de Fábio Abreu que determinou o empate a uma bola.

O novo treinador colocou o Portimonense em 4x3x3. Tendo como referência o jogo da última jornada, com o Sporting, em Lisboa, apenas efetuou uma troca no onze que iniciou a partida, saíndo Lucas Fernandes para a entrada de Tabata, que regressou da seleção olímpica do Brasil. No Moreirense, Ricardo Soares não mexeu no habitual 4x2x3x1, nem nos onze que iniciaram o jogo com o Vitória de Setúbal na jornada anterior.

Os algarvios cedo tentaram impor o ritmo, empurrando os minhotos para o meio-campo defensivo, com segurança na troca de bola. Aos 13 minutos, o golo rondou a baliza de Mateus Pasinato, que defendeu um livre de Tabata e viu depois Jackson e Lucas Possignolo ficarem a centímetros do cabeceamento, na pequena área.

Como também já referido, a passividade defensiva dos algarvios era evidente. E mais ficou seis minutos depois, quando, numa falha de marcação ao primeiro poste, Fábio Pacheco desviou de cabeça num canto, com a bola a passar próximo da baliza defendida por Gonda. Bilel, aos 23 e 24 minutos, esteve perto do golo: Gonda evitou primeira tentativa e, na segunda, o remate saiu ao lado.

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Ficou o aviso dos cónegos, mas no minuto seguinte os algarvios chegaram ao golo: na sequência de canto, Pedro Sá cabeceou, Mateus Pasinato teve reflexos para desviar para a barra e, na recarga, Jadson marcou. Um golo validado pelo VAR, que analisou um possível fora de jogo de Jackson Martínez.

Empolgado pelo golo, o Portimonense cresceu e teve oportunidades para alargar a vantagem. Aos 33’, Aylton Boa Morte acertou na barra com um remate na área, que desviou em Rosic e bateu no ferro da baliza. Dois minutos depois, Mateus Pasinato evitou o golo com um voo, desviando para canto um cruzamento-remate de Tabata. O Moreirense estava subjugado ao Portimonense, mas no minuto seguinte os erros defensivos voltaram a trair a equipa algarvia: Henrique permitiu o cruzamento rasteiro de Bilel na direita e Fábio Abreu ganhou a dianteira a Jadson para empatar. Depois, algum equilíbrio até ao intervalo, que chegou após uma jogada envolvente do Portimonense, iniciada em Tabata, com Bruno Costa a assistir para um remate perigoso de Jackson Martínez.

Após o intervalo, o Portimonense entrou com vontade de assumir o controlo, mas só foi efetivo nos primeiros minutos e na parte final.  A abrir, Bruno Costa colocou Pasinato à prova, com um remate colocado desviado para canto pelo guarda-redes. Aos poucos, o Moreirense foi refreando o ímpeto algarvio e equilibrou, tendo Filipe Soares desperdiçado boa ocasião aos 72’, rematando por cima.

Nos últimos 15 minutos, os algarvios voltaram à carga e conquistaram metros, aproximando-se da baliza de Pasinato. Paulo Sérgio reforçou essa intenção com a entrada de Beto, retirando o lateral Koki Anzai e jogando com dois avançados, entre os centrais do Moreirense. A prática - com cruzamentos facilmente anulados pela defesa adversária - não correspondeu aos intentos e até foram os minhotos a desperdiçarem boa oportunidade por Pedro Nuno, de cabeça, no minuto 90.

O empate penaliza a falta de eficácia dos algarvios na primeira metade e é um prémio à forma abnegada como os cónegos taparam os caminhos da sua baliza. A espaços, notória uma melhoria na equipa agora orientada por Paulo Sérgio, pecando nos erros defensivos, um deles fatal.

O resumo do Portimonense-Moreirense: