Não foi brilhante, mas foi o quanto bastou.

O Benfica somou este sábado a sétima vitória em outros tantos jogos nesta pré-época, ao bater no Estádio da Luz o Rennes, por 2-0 (a ficha e os golos do jogo).

Uma partida a cerca de semana e meia da estreia dos encarnados de forma oficial na época, na 3.ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões, e que deu a Jorge Jesus essencialmente três boas notícias: a boa exibição de Pedrinho, a estreia de Darwin Núñez de águia ao peito e o regresso de Grimaldo, depois de uma longa paragem por lesão.

O brasileiro, foi, de resto, a única novidade no onze do técnico encarnado, por troca com o lesionado Adel Taarabt. Pedrinho dividiu o lado direito e o centro do ataque com Rafa, enquanto Pizzi assumiu a posição de número 8 no meio-campo, perto de Weigl.

Só que a opção de Jesus não se revelou particularmente feliz. Com mais obrigações defensivas do que o costume, Pizzi esteve uns furos abaixo do que sabe com bola e o jogo do Benfica ressentiu-se, frente a uma equipa que já leva dois jogos oficiais nas pernas e, por isso, fisicamente mais preparada nesta altura.

Vinícius, esse, pareceu sempre longe da equipa, isto depois de ter bisado com o Sp. Braga, enquanto Rafa e Everton Cebolinha também não tocaram a música que costumam tocar – rápida, vertical e malabarista. Principalmente o brasileiro, que fisicamente parece estar a acusar as famosas pré-épocas de Jesus.

Tudo isto somado não ajudou o momento ofensivo do clube da Luz, embora lá atrás, novamente com uma defesa de remendos, por força das ausências forçadas de Rúben Dias e Vertonghen, não se tenham vivido grandes calafrios.

Ainda assim, sinal mais para o Benfica, que se «socorreu» do famoso quinto momento do jogo inventado por Jesus – as bolas paradas – para se colocar a vantagem.

Numa das jogadas mais bem desenhadas da partida, com participação de Cebolinha, Pedrinho e Pizzi, o médio português ganhou um penálti e converteu-o ele próprio com classe.

Talvez sentindo que as coisas a meio-campo não estavam a resultar da melhor maneira, Gabriel foi o primeiro jogador a ser lançado para o relvado da Luz – por troca com Pedrinho – e o jogo do Benfica estabilizou.

O brasileiro entrou com vontade de se mostrar ao técnico português – desequilibrou no passe e deu maior consistência à zona central – e ainda marcou, pouco depois de ter entrado. Pizzi esteve novamente ao barulho, ao cruzar com conta, peso e medida para o cabeceamento como mandam as regras do brasileiro.

Depois disso, sim, o jogo entrou numa toada mais de pré-época, com muitas substituições, mas ainda houve tempo para o desinspirado Cebolinha perdoar na cara de Salin e de Diogo Gonçalves obrigar o antigo guarda-redes do Sporting a defesa apertada.

Contas feitas, o Benfica de Jesus passa com distinção o sétimo exame da pré-época, embora – ainda – sem merecer ir para o quadro de honra.