FIGURA: Pedro Gonçalves

Grande jogo do médio do Famalicão, um dos pêndulos desta equipa, ou não fosse o jogador com mais utilização em número de jogos e o segundo com mais minutos no plantel, agora 24 e cerca de 1970, respetivamente. Marcou, deu raça, músculo e velocidade de interpretação e execução no meio campo. O sentido de oportunidade no seu golo total: a recuperação de bola é feita com passe imediato para Martínez, que permitiu depois a tabela antes do remate certeiro, já após ter iniciado o lance do golo inicial.

MOMENTO: Dala no arranque e capitão para o empate (73m)

Gelson Dala já tinha marcado e iniciou depois a jogada do empate a dois golos ao servir Carlos Mané, antes de o ex-Sporting servir para um remate de primeira, soberbo, do capitão Tarantini, a premiar a prestação do Rio Ave na segunda parte com um resultado menos negativo face ao cenário ao intervalo. O minuto 73 teve o golo mais belo do jogo e fixou o resultado.

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OUTROS DESTAQUES

Toni Martínez: um golo e uma assistência a construir uma vantagem algo confortável, mas que não foi gerida em pleno. Nono golo do espanhol na época. Poder-se-ia estar a falar da dezena ao fim da 19.ª jornada, mas o jogador de 22 anos ainda esbanjou uma grande ocasião no início da segunda parte. Justificada de certa forma a segunda titularidade seguida, após Anderson, no passado recente, ter sido a primeira opção regular no onze inicial.

Gelson Dala: ao segundo jogo, igualmente como suplente utilizado, foi decisivo na recuperação do Rio Ave, com o primeiro golo da equipa e a ação no início da jogada do empate. Deu velocidade e esperança à equipa no ataque, com frutos na conquista de um ponto. É reforço.

Matheus Reis: apesar de algum desnorte no primeiro golo sofrido, foi incansável no apoio ao ataque e fez os cruzamentos para dois dos raros lances perigosos na primeira parte. O passe para golo de Gelson Dala é preciso e teve uma ação importante na ligação da equipa pelo lado esquerdo, bem como na adaptação a três defesas por Carvalhal no segundo tempo.

Rúben Lameiras: foi um dos jogadores mais mexidos no ataque do Famalicão na primeira parte e também teve uma boa ação a impedir uma incursão de Matheus Reis, apesar de ter sido por esse corredor, na missão defensiva, que o Rio Ave mais subiu. Ainda assim, a nível ofensivo, foi decisivo ao assistir Toni Martínez para o primeiro golo e assinou uma exibição regular.

Tarantini: pelo belo golo marcado e pela alma que é rara faltar nos momentos de maior aperto e desnorte da equipa, pela experiência que lhe confere.

Nuno Santos: o homem mais perigoso do Rio Ave entre uma primeira parte globalmente apagada da equipa, sobretudo após a desvantagem. Lançou dois dos ataques mais perigosos em combinação com Matheus Reis e, no outro, quase reduziu perto do intervalo. Ajudou na recuperação positiva na etapa complementar.

Filipe Augusto: duas más abordagens, no passe e receção, deram origem a desequilíbrios aproveitados pelo Famalicão para fazer os dois golos na primeira parte. Nota menos positiva, sobretudo pelas ditas ações que quase custavam tudo neste jogo. Ainda assim, melhorou tal como toda a equipa para o 2-2 final.