O Rio Ave-Nacional é a prova de que um jogo sem golos pode ser interessante. Para isso acontecer, é preciso que as duas equipas têm como ideia inicial jogar à bola ou, pelo menos, tentar.

Foi isso que vilacondenses e alvinegros fizeram esta tarde nos Arcos. Como resultado, assistiu-se a um golo animado, com oportunidades para ambas as equipas, enfim, foi um bom espetáculo. Faltaram, claro, os golos.

No último minuto, Piscitelli defendeu um penálti de Pelé e viu o médio dos verde e brancos atirar ao lado na recarga! Emoção mais que suficiente, não acha, caro leitor? No fundo, o futebol foi justo para as duas equipas.

O Rio Ave começou melhor e acumulou três remates à baliza do Nacional, embora só o de Geraldes tenha obrigado Piscitelli a aplicar-se. Com o decorrer dos minutos os insulares começaram a sentir-se confortáveis, aproveitando os corredores laterais para chegar à baliza adversária. Gorré, por exemplo, ficou perto de abrir o marcador.

As melhorias do Nacional eram claras como comprova a oportunidade de Róchez aos 34 minutos. Nova saída pelo corredor esquerdo com Vigário a cruzar para o desvio ao poste do avançado. Pouco depois, foi Thill a ver Kieszek negar o 0-1.

Pelo meio, os vilacondenses procuraram encontrar frequentemente Ronan e utilizar o poderio físico do brasileiro para visar a baliza madeirense. Contudo, Dala mostrou pouco acerto no capítulo da finalização.

O Rio Ave mudou ligeiramente a forma de jogar ao intervalo com Miguel Cardoso a colocar Francisco Geraldes no corredor central. O médio subiu de rendimento e a equipa beneficiou com isso, além da entrada de Camacho. O extremo cedido pelo Sporting precisou de quatro minutos para criar a melhor situação de golo a favor do Rio Ave até ao momento, mas Piscitelli opôs-se com qualidade.

O jogo partiu-se e as oportunidades surgiram junto das duas balizas. O Nacional viu Kieszek travar um pontapé de Thill e outro do estreante Pedro Mendes enquanto Piscitelli agigantou-se perante Guga e suspirou de alívio quando o remate de Dala desviou em Pedrão.

No último minuto, o guarda-redes do Nacional derrubou Gelson Dala na área e o árbitro marcou penálti após ver as imagens no monitor. No entanto, Piscitelli redimiu-se e travou o remate de Pelé.

Ninguém mereceu perder.