No filme do jogo (ver aqui), o Santa Clara começou com mais bola, mas o primeiro lance de perigo pertenceu ao Belenenses. Aos 6’, Bruno Ramires rematou de fora da área, num lance aparentemente inofensivo, mas que acabou a passar a centímetros de poste esquerdo da baliza à guarda de Marco. 

A resposta da equipa da casa surgiu aos nove minutos. Lincoln trabalhou bem com Carlos Júnior, penetrou na área azul e assistiu Nene que rematou por cima da baliza. Um lance onde Carlos Júnior acabou caído na grande área, tendo recebido assistência médica, perante o coro de críticas do banco do Santa Clava que reivindicava uma grande penalidade. O árbitro viria a dar razão às queixas: consultado o VAR, Hugo Silva marcou grande penalidade. 

Chamado a bater, Cryzan, em estilo (com uma espécie de semi-paradinha) não desperdiçou. Bola para um lado, guarda-redes para o outro – estava feito o 1-0 no marcador aos 13 minutos. 

Dois minutos depois, quase que chegava o segundo golo. Fábio Cardoso tinha ido lá à frente dar uma ajuda aos avançados e, no meio da área, acabou sozinho, mas a rematar por cima. Nessa altura, apesar de nem sempre bem jogado, o jogo estava vivo. Aos 19 minutos, o médio Phete apareceu com espaço na zona central da área do Santa Clara, mas cabeceou ao lado. 

O ritmo do jogo foi acalmando e, em vantagem no marcador, o Santa Clara atirou a responsabilidade para o lado do Belém. A equipa de Petit procurou subir no terreno, mas teve sempre dificuldades em chegar com perigo à baliza de Marco. Por outro lado, os açorianos não se imiscuíam de lançar o contra-ataque quando havia espaço, mas, acima de tudo, procuravam manter o controlo do encontro. 

Resultado disso foi um resto de primeira parte sem grande história e com poucas oportunidades de golo: um jogo de feição para quem está em vantagem no marcador. 

O ritmo do jogo subiu nos primeiros minutos da segunda parte, com ambas as equipas a lutar pelo domínio no encontro. Aos 53 minutos, excelente abertura de Morita a isolar Allano e o brasileiro esteve perto de fazer o chapéu perfeito ao guardião do Belenenses SAD. Na estreia, Allano ficou a centímetros de fazer um golão. 

Aos 60, foi o Belenenses quem esteve perto de empatar a contenda. Desatenção da defesa açoriana e Varela não pediu licença para entrar na área. O remate, esse, saiu por cima, para alívio dos açorianos. 

Em desvantagem, o Belenenses procurou subir no terreno e pisar zonas de maior perigo. Mas ao fazê-lo deixou espaços, que foram aproveitados pela equipa de Daniel Ramos, que se sente como peixe na água a jogar em contra-ataque. Sempre com Cryzan à cabeça.

Aos 67 minutos, o brasileiro do Santa Clara apareceu em zona lateral sem marcação e rematou a rasar a baliza contrária. Um minuto depois, novamente Cryzan, mas aí, senhores e senhoras, o homem esteve perto de fazer o golo do século – pelo menos no estádio de São Miguel, vá. Um remate de letra que embateu em cheio na barra da baliza dos azuis. 

Na reta final do encontro, o jogo tornou-se duro e o Belenenses procurou instalar-se no meio campo contrário. Apesar de esforçada e do domínio na posse de bola, a equipa de Petit acabou por não conseguir criar lances de perigo. 

No último sopro do encontro, acabaria por ser o Santa Clara a fazer o segundo. Contra-ataque conduzida por Jean Patric, que cruzou para Calila, infeliz, marcar na própria baliza. Aos 90+3 minutos, ficava feito o resultado.