A figura: Jonas

Não precisou de brilhar intensamente como em outras partidas para decidir o jogo ainda na primeira parte. A abrir, mostrou o seu faro pelo golo, apontando o seu XX golo no campeonato. É ainda do brasileiro o centro para o autogolo de Berger, que também estendeu a passadeira para Gonçalo Guedes marcar o terceiro.

O momento: Jonas sacode a pressão

Ainda combalida do desaire diante do Sporting, a águia não podia desejar um melhor arranque. Logo aos três minutos, Gaitán foi à linha no flanco esquerdo, levantou para o coração da área e Jonas ganhou nas alturas fazendo a bola passar por cima de Matt Jones. Mais do que a importância de ser o primeiro golo do Benfica fora de casa neste campeonato, o tento do brasileiro tranquilizou as hostes encarnadas para um jogo sem sobressaltos.

O estreante: Clésio

O jovem avançado moçambicano foi a grande surpresa de Rui Vitória nesta partida, surgindo do lado direito… da defesa. O atleta que até ao momento apenas tinha jogado 171 minutos na equipa secundária dos encarnados acusou a estreia nem a vantagem madrugadora da sua equipa contribuiu para o número 61 se soltar das amarras do nervosismo. Precipitado nas entradas sobre os adversários, mesmo a atacar foi sempre inconsequente. Saiu lesionado aos 62 minutos. Renato Sanches fez igualmente a sua estreia, saltando do banco de suplentes. Mais dois nomes para o futuro do Benfica.

Outros destaques:

Jardel
Outrora considerado o patinho-feio da defesa da águia, o brasileiro assume-se cada vez mais como o patrão do sector. Com Luisão a passar um momento menos bom, Jardel foi a voz de comando da linha recuada dos encarnados. Nem o amarelo visto pouco depois da meia-hora o impediu de impor a sua lei no último reduto. A única mancha na sua prestação foi um mau atraso que Júlio César teve de resolver. Foi o último jogador a abandonar o terreno de jogo, tendo direito a uma ovação particular.

Samaris
Um pêndulo. Está sempre no epicentro das transições quer defensivas quer ofensivas da equipa. Além de ser o principal pilar do meio-campo recuado das águias, passa por ele a primeira fase de construção de jogo. Perante as subidas de Clésio, viu-se forçado a fechar muitas vezes o lado direito da defesa. Neste momento deve ser o jogador em melhor forma na turma de Rui Vitória.

Carcela
Boa entrada do marroquino numa partida em que pouco havia para fazer. Apesar disso, as principais iniciativas encarnadas na segunda parte partiram da sua irreverência. Premiado com o golo que fechou o marcador, mas foi ele que procurou esse prémio.

Bruno Nascimento
O defesa-central brasileiro foi o melhor dos tondelenses. Sem nada poder fazer para corrigir os deslizes dos companheiros de sector, foi apagando alguns dos focos de perigo encarnado.