A FIGURA: Krovinovic

Há uma frase típica para rotular grandes exibições que encaixa como uma luva a Krovinovic esta tarde: só faltou mesmo o golo. Lançado no onze face à ausência de Ruben Ribeiro, por castigo, foi um estratega de luxo do futebol da equipa de Luís Castro. O remate que a trave lhe devolveu seria o golo do jogo. Não deu. Mas deu para inventar, por exemplo, o terceiro, que Filipe Augusto concretizou, ou ajudar a criar o primeiro. Tem 21 anos e muito futebol nas pernas. Precisa de continuidade.

O MOMENTO: Gil Dias arruma o assunto

Minuto 61. O Rio Ave tinha sido melhor no primeiro tempo mas o futebol não encantava. Na segunda parte conseguiu os seus melhores momentos precisamente depois de ganhar conforto no marcador. Obra e graça de Gil Dias. Insistiu pela esquerda, furou, cruzou e rematou. Tudo ele e só ele. 2-0, jogo decidido a meia hora do fim, ainda que com marcador em aberto.

OUTROS DESTAQUES

Yazalde

Muito mais parecido, esta tarde, com o Yazalde de outros tempos, que as bancadas dos Arcos bem conhecem. Mesmo jogando na posição de ponta de lança, face à ausência de Guedes, castigado, esteve muito em jogo e marcou um golo que até pode enganar quem não o conheça tão bem. Yazalde não é um ponta de lança puro, mas o tento inaugural é de alguém que domina na perfeição aqueles metros decisivos do terreno. Uma entrada de rompante, de cabeça, a abrir o marcador. E ainda ficou perto de repetir a façanha na segunda metade, mas errou o alvo.

Filipe Augusto

Segundo jogo a titular, segunda boa exibição. Não só pelo golo, pleno de classe, que fechou o ativo em período de descontos, mas sobretudo pela forma como lutou no miolo. Luís Castro teve Wakaso, ao contrário do Bonfim, mas acreditou em Tarantini e Filipe Augusto, porque sabe que o brasileiro tem uma entrega para dar e vender e o capitão não fica nada atrás.

Wagner

O melhor do Tondela. Tentou puxar a equipa para a frente, fosse à direita ou à esquerda, estando bem mais em jogo do que Murillo, que até começou melhor. Nem sempre decidiu bem, mas teve o mérito de tentar. E, várias vezes, notou-se que lhe faltou, apenas, um acompanhamento mais certeiro.

Zé Turbo

Bela entrada em jogo. Chamado ao minuto 65 acabou por ser bem mais perigoso do que Erick Moreno. Primeiro num remate à meia volta que saiu a rasar o poste, depois num cabeceamento muito bom que só Cássio evitou que resultasse em golo. A pedir mais minutos.